domingo, 27 de janeiro de 2013

SAIBA COMO AJUDAR AS VÍTIMAS DO INCÊNDIO EM SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL

São pedidas doações de sangue, água, papel higiênico, luvas, máscaras, álcool gel e e medicamentos como Dipirona, Paracetamol, Isordil, AAS, Diazepam e Captopril.
Informações pelo telefone (55) 3220-7200.
É pedido o apoio de psicólogos, enfermeiros e demais profissionais de saúde para atuarem como voluntários no apoio às famílias das vítimas, e de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem para ajuda nos hospitais.
Maiores informações neste link: http://wp.clicrbs.com.br/tragediaemsantamaria
A Rodoviária de Porto Alegre disponibilizou um ônibus extra para Santa Maria. Informações pelos telefones (51) 3210-0101 e 3228-0699.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Para Ti, Pessoa Nefasta!

Poema do Mestre Gilberto Gil a você, Pessoa Nefasta, Alma Bissexta, para o alívio de nós tod@s que tentamos fazer do hoje, nos nossos pequenos fazeres, um dia melhor para a humanidade!
~o~
PESSOA NEFASTA, de Gilberto Gil:
Tu, pessoa nefasta
Vê se afasta teu mal
Teu astral que se arrasta tão baixo no chão
Tu, pessoa nefasta
Tens a aura da besta
Essa alma bissexta, essa cara de cão
.
Reza
Chama pelo teu guia
Ganha fé, sai a pé, vai até a Bahia
Cai aos pés do Senhor do Bonfim
.
Dobra
Teus joelhos cem vezes
Faz as pazes com os deuses
Carrega contigo uma figa de puro marfim
.
Pede
Que te façam propícia
Que retirem a cobiça, a preguiça, a malícia
A polícia de cima de ti
.
Basta
Ver-te em teu mundo interno
Pra sacar teu inferno
Teu inferno é aqui
.
Pessoa nefasta
Pessoa nefasta
.
Tu, pessoa nefasta
Gasta um dia da vida
Tratando a ferida do teu coração
.
Tu, pessoa nefasta
Faz o espírito obeso
Correr, perder peso, curar, ficar são
.
Solta
Com a alma no espaço
Vagarás, vagarás, te tornarás bagaço
Pedaço de tábua no mar
.
Dia
Após dia boiando
Acabarás perdendo a ansiedade, a saudade
A vontade de ser e de estar
.
Livre
Das dentadas do mundo
Já não terás, no fundo, desejo profundo
Por nada que não seja bom
.
Não mais
Que um pedaço de tábua
A boiar sobre as águas
Sem destino nenhum.
.
Pessoa nefasta
Pessoa nefasta.
~o~
E que assim seja! :)
Ouça a música clicando aqui.
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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Simpósio Temático Feminismo Transgênero ou Transfeminismo - Seminário Internacional Fazendo Gênero 10

As inscrições para Comunicações Orais no Simpósio Temático 044 - Feminismo Transgênero ou Transfeminismo, do Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 - Desafios Atuais dos Feminismos, que se realizará em Florianópolis, Santa Catarina, entre 16 a 20 de setembro de 2013, continuam abertas até 20 de março de 2013.
O Simpósio Temático Feminismo Transgênero ou Transfeminismo propõe a realização de conexões teóricas e pragmáticas entre feminismo e movimento transgênero (composto predominantemente por mulheres e homens transexuais e travestis), estabelecendo um diálogo entre linhas de pensamento e reivindicações históricas do feminismo, por meio de uma abordagem inclusiva que se oponha à noção patologizante das identidades trans. Leia o resumo completo do Simpósio clicando aqui.
Para conhecer as normas de inscrição de sua proposta de comunicação oral no Simpósio Temático, clique aqui.
É recomendável que as/os interessadas/os em submeter Comunicações Orais no Simpósio Temático Feminismo Transgênero ou Transfeminismo leiam o artigo Feminismo Transgênero e Movimentos de Mulheres Transexuais, de Jaqueline Gomes de Jesus e Hailey Alves, publicado na Revista Cronos, em http://www.periodicos.ufrn.br/index.php/cronos/article/view/2150/pdf.
Esse artigo é uma referência fundamental para entender a proposta transfeminista, e sua amplitude, que não se restringe a uma população unicamente. Abaixo segue bibliografia que considero instrutiva quanto a elementos que fundamentam teoricamente o feminismo transgênero, ou transfeminismo:
ARGENTINA. Expediente numero 75/11. Buenos Aires: Congreso Argentino, 2012. Disponível em: http://www.senado.gov.ar/web/proyectos/verExpe.php?origen=CD&tipo=PL&numexp=75/11&nro_comision=&tConsulta=4 2012. Acesso em: 7 jul. 2012.
BENTO, Berenice. A reinvenção do corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.
______. O que é transexualidade. São Paulo: Brasiliense, 2008.
______. Politizar o abjeto: dos femininos aos feminismos. In: MEDRADO, Benedito; GALINDO, Wedna (Org.). Psicologia social e seus movimentos: 30 anos de ABRAPSO. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2011. p. 357-371.
______. Identidade de gênero: entre a gambiarra e o direito pleno. Carta Potiguar, 21 set. 2012. Disponível em: http://www.cartapotiguar.com.br/2012/05/29/identidade-de-genero-entre-a-gambiarra-e-o-direito-pleno. Acesso em: 7 jul. 2012.
COLLINS, Patricia Hill. Black feminist thought: knowledge, consciousness and the politics of empowerment. Boston: UnwinHyman, 1990.
GROSSI, Miriam Pillar; HEILBORN, Maria Luiza; RIAL, Carmen. Ponto de vista: entrevista com Joan Wallach Scott. Estudos Feministas, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p. 114-124, jan./jun. 1998.
HERDT, Gilbert. Third sex, third gender: beyond sexual dimorphism in culture and history. New York: Zone Books, 1996.
JESUS, Jaqueline Gomes de.; ALVES, Hailey. Feminismo transgênero e movimentos de mulheres transexuais. Cronos, Natal, v. 11, n. 2, p. 8-19, 2010. Disponível em: http://periodicos.ufrn.br/index.php/cronos/article/view/2150/pdf. Acesso em: 16 jan. 2013.
JESUS, Jaqueline Gomes de. Pessoas transexuais como reconstrutoras de suas identidades: reflexões sobre o desafio do direito ao gênero. In: GALINKIN, Ana Lúcia; SANTOS, Karine Brito (Org.). Anais do Simpósio Gênero e Psicologia Social: diálogos interdisciplinares. Brasília: Universidade de Brasília, 2010. p. 80-89. Disponível em: http://generoepsicologiasocial.org/wp-content/uploads/Anais_ do_Simposio_Genero_e_Psicologia_Social2010.pdf. Acesso em: 4 jul. 2012.
______. Identidade de gênero e políticas de afirmação identitária. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESTUDOS SOBRE A DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO, 6, 2012, Salvador. Anais... Salvador: ABEH, 2012a. 15 p.
______. Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos. Goiânia: Ser-Tão, 2012b. Disponível em: http://www.sertao.ufg.br/uploads/16/original_ORIENTA%C3%87%C3%95ES_SOBRE_IDENTIDADE_DE_G%C3%8ANERO__CONCEITOS_E_TERMOS_-_2%C2%AA_Edi%C3%A7%C3%A3o.pdf?1355331649. Acesso em: 4 jul. 2012.
KOYAMA, Emi. The transfeminist manifesto. Eminism.org, 2001. Disponível em: http://eminism.org/readings/pdf-rdg/tfmanifesto.pdf. Acesso em 23 set. 2012.
LAQUER, Thomas. Inventando o sexo. Corpo e gênero dos gregos a Freud. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.
LIMA, Fátima. Manifesto por uma euforia de gênero. In: QUEERING PARADIGMS, 4, 2012, Rio de Janeiro. 10 p. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/101538843/Manifesto-por-uma-Euforia-de-Genero. Acesso em 16 jan. 2013.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes, 1998.
______. Pedagogias da sexualidade. In: LOURO, Guacira Lopes (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. p. 7-34.
MANUSCRITO. Carta aberta: avaliação do seminário sobre processo transexualizador no SUS: contra a patologização das identidades trans. 2012. 5 p. Mimeografado. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/101539515/Carta-Aberta-Seminario-SUS-e-Patologizacao-Identidades-Trans. Acesso em 16 jan. 2013.
ROTHBLATT, Martine. The apartheid of sex: a manifesto on the freedom of gender. New York: Crown Publishers, 1995.
ROUGHGARDEN, Joan. Evolução do gênero e da sexualidade. Londrina: Planta, 2005.
SCOTT, Joan Wallach. Gênero, uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, jul./dez. 1995.
SEGATO, Rita Laura. Os percursos do gênero na antropologia e para além dela. Sociedade e Estado, Brasília, v. 12, n. 2, p. 235-262, 1997.
SILVA, Carmen; CAMURÇA, Silvia. Feminismo e movimentos de mulheres. Recife: Edições SOS Corpo, 2010.
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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Babás e Empregadas Domésticas: Relações que Perpetuam Racismo e Machismo

Texto de Renata Correa e Srta. Bia, das Blogueiras Feministas.
Maria José dos Anjos Alves, de 18 anos, afirma ter trabalhado durante quase dois anos em uma residência da cidade de Riachuelo (Rio Grande do Norte), como empregada doméstica, limpando a casa, cuidando dos filhos da patroa, de 6h às 18h, de domingo a domingo, sem férias, sem feriados e recebendo apenas R$ 200 por mês. Hoje fora do emprego, ela pretende ingressar na Justiça cobrando seus direitos. E, se depender das novas regras que o país pode aprovar em relação aos empregados domésticos, esses direitos serão cada vez mais amplos. Foto de Adriano Abreu/Tribuna do Norte.
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Desde o fim de semana roda a internet o texto: Viagem levando babás. Se não conseguir lê-lo no link original, há uma cópia aqui. É o relato de uma visão casa grande/senzala que a sociedade brasileira carrega desde os tempos da escravidão. A babá não é uma trabalhadora com todos os direitos respeitados, é, antes de tudo, uma serviçal, que numa viagem familiar deve estar inteiramente disponível e ainda agradecer por ter tido a oportunidade de viajar. Alguns trechos são bem ilustrativos:
"Na minha opinião, em algumas ocasiões as babás são extremamente úteis, em outras são dispensáveis e em outras ainda são item de “terceira” necessidade. Enfim, acho que se bem ensinadas, elas podem quebrar um galho danado e nem sempre vão representar um novo integrante à família"…
…"na ida no avião perguntou se podia aceitar o lanche, se tinha banheiro, se ela podia escolher aonde sentar, enfim, prefiro assim do que as folgadas que vão logo pedindo refrigerante ou sei lá o que e ainda adoram falar suas experiências pessoais de viagens ao exterior".
…"Em outras oportunidades em que vc quer que ela coma antes porque o restaurante é caro ou porque vão outros casais vc pode dizer problemas, tipo assim, “hj vamos a um restaurante com a comidas muito diferentes que vai demorar ou muito caro e etc, então vamos passar pra vc comer em algum lugar, vc prefere pizza ou Mc Donals”, porque, lembre-se ela está trabalhando".
…"Nesta segunda viagem ela ficou encantada, me mandou mensagem quando chegamos agradecendo e eu acho bonitinho a pessoa dar valor pq barato não sai uma viagem dessas pra gente. Então , mais uma vez fica a dica: deixe tudo claro, pra não se arrepender depois"…
A mulher que escreveu esse post não é a única que pensa dessa maneira, portanto, não adianta culpar e crucificar apenas essa pessoa. As relações com trabalhadores domésticos no Brasil tem estreita relação com nosso passado escravocrata. Assim como ela, há muitos homens e mulheres brasileiros que encaram os trabalhadores domésticos como pessoas que devem ter gratidão por estarem empregadas e por terem a chance de conviver com uma família de classe social alta. Isso, quando não os tratam como bens da família, sem permitir qualquer tipo de vida particular.
Trabalho doméstico e as mulheres negras
Segundo dados de 2005 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad/IBGE), existem no Brasil cerca de 6,6 milhões de pessoas no trabalho doméstico, das quais 93,4% são mulheres. Destas, 55% são negras. De todas as mulheres que trabalham no País, 17% são domésticas. O trabalho doméstico como atividade remunerada é muito desvalorizado socialmente, concentrando uma série de aspectos excludentes, como baixa remuneração, jornada de trabalho longa e ilegalidade na contratação. Influencia diretamente nas descriminações de gênero e raça, especialmente ao eleger um papel para a mulher negra na sociedade.
"Infelizmente, o 13 de maio não foi capaz de sepultar o passado escravista do nosso país. As reminiscências desse período estão presentes por todos os lados. Na violência policial contra a população negra, na morosidade em relação a implementação do sistema de cotas no ensino superior, na precariedade do acesso aos serviços básicos garantidos pelo Governo. O trabalho doméstico também é parte desse processo histórico de invisibilidade e desrespeito às afro-brasileiras". Referência: Carta aberta ao Grupo Antiterrorismo de babás, por Luana Tolentino.
A desigualdade social brasileira tem bases nessas relações. E, principalmente, na ideia de que é um absurdo que empregadas domésticas, babás, porteiros, jardineiros ou serventes queiram salários mais altos e os mesmos direitos trabalhistas que advogados, engenheiros ou servidores públicos. Porque é um absurdo que as pessoas que tenham uma babá nesse país tenham que cortar gastos, como uma viagem ao exterior, para pagar hora extra, férias e outros direitos.
Procuram-se domésticas ou serviçais?
Essa semana também saiu no Estadão uma matéria que mostra o quanto é catastrófico que o salário de uma doméstica esteja na faixa de mil reais: Procuram-se domésticas. Paga-se bem.
"Casada e mãe de duas crianças pequenas, uma de oito e outra de seis anos, a advogada tem uma jornada de trabalho longa: fica cerca de 12 horas fora de casa diariamente e precisa de duas empregadas domésticas, uma que dorme no emprego e outra que vai e volta, para administrar o lar. O problema é que Andrea ficou sem a empregada que vai e volta. Daí começou a peregrinação da advogada pelas agências de empregos domésticos em busca de uma nova profissional".
O problema nesse caso é apenas a falta de empregada? Por que essa mulher casada não tem ninguém para dividir tarefas? Por que mulheres e homens trabalham 12 horas por dia e achamos normal? Por que é preciso que uma das empregadas durma no emprego? Ela não tem casa? Não tem sua própria família? Você, que está lendo esse texto, dorme no emprego? Como fazem as pessoas que trabalham 12 horas por dia, como muitas trabalhadoras domésticas, mas não tem dinheiro para contratar uma empregada doméstica?
O que as pessoas irão fazer, quando não houverem mais empregadas domésticas ou babás para contratar? Vão importar babás paraguaias ou bolivianas? Por que não questionamos os horários de trabalho de todas as pessoas, para podermos ter tempo para cuidar das crianças? Porque não lutamos por escolas em período integral e creches públicas? Por que não propor lavanderias populares? Espaços de lazer? Por que não pensar em elementos que poderiam nos ajudar na criação das crianças e nas tarefas domésticas, que demandam sim muito tempo, mas são coisas com as quais temos que lidar?
Em dezembro de 2012, foi aprovada pela Câmara dos Deputados, a PEC que amplia direitos das empregadas domésticas. Ao invés de comemorarmos essa decisão como mais um avanço nos direitos trabalhistas, a maioria das matérias reclama do peso que isso terá nas contas do empregador. Essas pessoas provavelmente querem voltar ao tempo em que o salário mínimo não aumentava anualmente. Porém, qual o impacto que a falta de direitos trabalhistas teve na vida de milhares de pessoas durante anos? Deve haver até mesmo um impacto na economia dessa parcela da população, mas não interessa pesquisar isso, não é mesmo?
Como não é possível contar com o bom senso para regular relações de trabalho, principalmente dos trabalhadores domésticos que não raro são submetidos a todo tipo de opressão travestida de “afeto” e de que eles “são da família” as leis devem ser cumpridas.
Trabalhadores que viajam a serviço recebem hora extra, diária para alimentação, transporte e não estão à serviço 24 horas por dia. Por que um trabalhador doméstico não estaria submetido as mesmas regras?
Maternidade e Gênero
Outra questão que chama a atenção é a agressividade mal dirigida para autora do post, citado no início desse texto. Sim, o relato dela é um retrato didático da desigualdade e do sistema de castas e privilégios que assola o Brasil e as relações de trabalho, mas muitos comentários foram a respeito das escolhas pessoais dela a respeito da maternidade. Criticam o fato dela “ler uma revista” enquanto a babá faz castelinhos de areia. Ser mãe não te obriga compulsoriamente a gostar de determinadas atividades. Ninguém questionou por que o marido não faz castelinhos ou senta a bunda na areia para brincar com a criança? Ou se dedica a dar atenção aos filhos? Porque está subentendido que isso é papel apenas da mãe.
"A questão básica é que quando falamos do trabalho doméstico é como se não falássemos de trabalho ou de pessoas, falamos de objetos. Eu não questiono o fato de não dar para ser super-mãe, ora, as babás de nossos filhos sabem disso na carne, pois muitas vezes deixam os filhos delas com a vizinha, mãe, avó para poderem cuidar dos nossos e alguém parou pra pensar nisso ao fazer propostas que no final das contas reverberam o racismo incrustado no Brasil? Referência: Quando foi que as babás viraram coisas? Durante a escravidão".
Desigualdade perpetuada
Para que a desigualdade social seja constantemente perpetuada é preciso que ricos e pobres saibam quais são seus lugares e seus espaços de poder. Da mesma maneira, mulheres e homens tem papéis sociais pré-estabelecidos. Qualquer pessoa que fuja ou não se encaixe nesse jogo pré-estabelecido é rejeitada socialmente. Quando não questionamos esse sistema perverso que traça linhas invisíveis em nossas relações sociais, perpetuamos o machismo e o racismo na sociedade, dentre outros preconceitos.
Dessa maneira, arquitetos e engenheiros continuam projetando apartamentos com dependência de empregada, já estamos exportando essa ideia para Miami. O cabelo afro não é visto como sinônimo de elegância e beleza. As mulheres são as únicas responsáveis pelos cuidados com as crianças e pelas tarefas domésticas. Mulheres negras são preteridas em cargos que exigem boa aparência. O período escravocrata foi há muito tempo e nossa realidade não tem nenhuma ligação com nossa história. Afinal, a carne mais barata do mercado sempre foi a carne negra.
"O fato de o mercado estar hoje mais favorável ao trabalhador fomenta comportamento inusitado. Andrea conta que, no primeiro mês de trabalho, a nova empregada já pleiteou o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A contribuição ao FGTS para empregado doméstico ainda não é obrigatória, mas em breve deve virar lei. “Isso é reflexo de uma economia aquecida. Hoje as empregadas domésticas estão por cima da carne seca”, diz Andrea. Referência: Procuram-se domésticas. Paga-se bem".
Indicações de leitura: Da relação direta entre ter de limpar seu banheiro você mesmo e poder abrir sem medo um Mac Book no ônibus e Senzalas & campos de concentração.
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sábado, 12 de janeiro de 2013

LAERTEVISÃO

De Laerte, hoje (12/01/2012), na Folha de São Paulo:
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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Bolsistas: Apoio ao GT de Combate à Homofobia na UnB

Para alun@s da UnB:
O projeto para o mapeamento e construção de um espaço virtual próprio do GT de Combate à Homofobia na UnB foi aprovado para o recebimento de bolsistas (Bolsa Permanência). Para o projeto inicial há cinco bolsas.
@s candidat@s interessad@s e cadastrad@s podem procurar pelo projeto que leva o mesmo nome do GT, sob responsabilidade do professor José Zuchiwschi, no Decanato de Assuntos Comunitários, Diretoria de Desenvolvimento Social, Serviço de Programas de Desenvolvimento Social, Subsolo da Reitoria.
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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Violência Transfóbica e Movimentos de Afirmação Identitária no Brasil: Desafios e Possibilidades

De Jaqueline Gomes de Jesus*
Texto publicado nos Anais do IV Seminário Internacional Direitos Humanos, Violência e Pobreza. A Situação das Crianças e Adolescentes na América Latina Hoje. Organização de Silene de Moraes Freire. Rio de Janeiro: Editora Rede Sírius/UERJ, 2012.

VIOLÊNCIA TRANSFÓBICA E MOVIMENTOS DE AFIRMAÇÃO IDENTITÁRIA NO BRASIL_DESAFIOS E POSSIBILIDADES by Jaqueline Gomes de Jesus

*Doutora em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações pela Universidade de Brasília - UnB. Pesquisadora do Laboratório de Trabalho, Diversidade e Identidade - LTDI/UnB. Professora do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal - UNIPLAN. Integrante da Associação Brasileira de Psicologia Social - ABRAPSO e da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros. Investigadora da Rede de Antropologia Dos e Desde os Corpos.
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Se Eu Morresse Hoje

16/01/2008 – Bicicletada em homenagem a Márcia Regina de Andrade Prado, morta no dia 14 de janeiro, ao ser atropelada por um ônibus enquanto pedalava na Av. Paulista, em São Paulo. Foto de Paulo Fehlauer no Flickr em CC, alguns direitos reservados
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Texto de Verônica Mambrini*, publicado originalmente pelas Blogueiras Feministas
Se eu morresse hoje na Avenida Paulista, quando aquele motorista de ônibus me fechou intencionalmente, apenas para me dar uma lição, como logo depois ele confessou, seria só mais uma morte.
Mais uma moça que morreu na Paulista, indo para casa. A terceira provavelmente a ter uma ghost bike, mas certamente só mais uma de muitas que se perderam, entre pedestres, motoristas, ciclistas e motociclistas. Mais uma, uns 300 metros depois de uma bicicleta branca, outros tantos de outra, igualmente branca desbotada.
Vim minutos antes do incidente de um mar de vida, cheia do amor de amigos, cheia de planos, de projetos de trabalho. Por pouco, poderia ter sido morta por um capricho: “dar uma lição”.
É isso que o motorista pretendia com a fechada. Bastava um toque leve no meu guidão para me atirar sob toneladas de aço, sem remédio dependendo de como o veículo passasse sobre meu corpo e sobre a frágil estrutura metálica da minha bicicleta.
Para a arrogância e prepotência de quem pretende dar uma lição, seria uma morte branca, limpa. Apenas um tranco, algo como passar por cima de um cachorro na estrada. Algo que te chateia e estraga o dia, mas é, afinal, superável. Porque cachorros não deveriam cruzar estradas e ciclistas não deveriam andar na faixa “de ônibus”.
Ao menos eu não teria que pendurar mais uma ghost bike. Não teria que portar luto. Não teria que derramar mais lágrimas. Só passa por isso quem sobrevive, né?
Há mortes que são fatalidades. Essa morte eu não temo. Encaro com a face serena. Mas, não posso aceitar sem crispar no rosto a banalidade do mal. O motorista acha que precisa me ensinar, ao custo da minha vida, que não estou “na minha faixa”. Que uma regra que sequer está correta e amparada por lei justifica um comportamento doentio e inaceitável. Que tira tudo que temos como humanos.
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*Verônica é jornalista e escreve nos blogs Gata de Rodas e A Dupla Vida de Veronique.
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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

CIP 2013 / ICP 2013 - Lanzamiento de Libros / Lançamento de Livros / Book Launching

Lance su libro en el CIP 2013
El XXXIV Congreso Interamericano de Psicología (CIP 2013), en Brasília, Brasil, invita a los/las autores/as de libros en el área de la Psicología, publicados en 2012 y 2013, para participaren en el Lanzamiento de Libros durante el evento.
Los/las autores/as deben estar inscriptos/as en el CIP 2013. Esta actividad llevará a cabo el día 16 de julio del 2013, por la tarde en el Campus del Centro Universitário de Brasília – UNICEUB.
Les pedimos a los/las interesados/as que envíen un correo electrónico para jaquebrasilia@gmail.com o porto.juliana@gmail.com, que contenga un breve resumen del libro, además de otras informaciones como: título, autores/as, editora, año del lanzamiento, valor sugerido de venda y una imagen de la portada, hasta el dia 10 de mayo del 2013.
La organización del CIP 2013 será responsable para aprobar, o no, la entrada de los materiales enviados al lanzamiento. La lista de los libros para el lanzamiento será divulgada a los participantes.
Para obtener más información acerca del XXXIV Congreso Interamericano de Psicología, visite nuestro sitio web: http://www.sip2013.org/esp/principal.html.
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Lance seu livro no CIP 2013
O XXXIV Congresso Interamericano de Psicologia (CIP 2013) convida autores/as de livros da área de Psicologia, publicados em 2012 e 2013, para participarem do Lançamento de Livros durante o evento.
Os/as autores/as deverão estar devidamente inscritos/as no CIP 2013. A atividade acontecerá no dia 16 de julho de 2013, à tarde, no Campus do Centro Universitário de Brasília - UNICEUB, em Brasília.
Os/as interessados/as deverão enviar um e-mail para jaquebrasilia@gmail.com ou porto.juliana@gmail.com, contendo um breve resumo do livro, além de informações como: título, autores/as, editora, ano de lançamento, valor sugerido de venda e imagem de capa, até o dia 10 de maio de 2013.
A organização do CIP 2013 será responsável por aprovar, ou não, o ingresso do material encaminhado para os lançamentos. A lista dos livros a serem lançados será divulgada aos participantes.
Para mais informações sobre o XXXIV Congresso Interamericano de Psicologia, visite nosso site: http://www.sip2013.org.
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Launch your book at ICP 2013
The XXXIV Interamerican Congress in Psychology (ICP 2013), in Brasília, Brazil, invites authors of books in the area of Psychology that were published in 2012 or 2013 to participate in the conference’s Book Launching event.
The authors should be registered to attend ICP 2013. The activity will occur in the afternoon of July 16th, 2013 at the Campus of the University Center of Brasilia – UNICEUB.
Those interested should send an email to jaquebrasilia@gmail.com or porto.juliana@gmail.com by May 10th, 2013, with a brief summary of the book, title, author(s), publisher, year of publication, the suggested retail price and an image of the book cover.
It is at the discretion of the ICP 2013 organizing committee to approve materials that will be presented at the event. The list of approved books will be shared with participants.
For more information about the XXXIV Interamerican Congress of Psychology, visit our website: http://www.sip2013.org/eng/principal.html.
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

CIP 2013 / ICP 2013 - Encuentros Multilaterales / Encontros Multilaterais / Multilateral Meetings

XXXIV Congreso Interamericano de Psicología - Encuentros Multilaterales
Durante el XXXIV Congreso Interamericano de Psicología (CIP 2013), que llevará a cabo en Brasília, Brasil, 15-19 julio de 2013, los investigadores/as podrán organizar reuniones multilaterales para planificar actividades conjuntas de investigación y publicaciones científicas. Habrá salas disponibles para esta actividad durante el día 15 de julio. Los grupos de trabajo e investigación están invitados a presentar propuestas para dichas reuniones, especialmente las que involucren participantes de varios países, sobre todo los del continente americano y africano. Caso haya interés y disponibilidad para proponer y organizar uno de estos encuentros multilaterales, por favor envíe un correo electrónico con su propuesta para jaquebrasilia@gmail.com o eileenpfeiffer@gmail.com.
Para obtener más información acerca del XXXIV Congreso Interamericano de Psicología, visite nuestro sitio web: http://www.sip2013.org/esp/principal.html.
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XXXIV Congresso Interamericano de Psicologia (CIP 2013) - Encontros Multilaterais
Durante o XXXIV Congresso Interamericano de Psicologia (CIP 2013), que ocorrerá em Brasília, de 15 a 19 de julho de 2013, pesquisadoras/es poderão organizar Encontros Multilaterais para planejar atividades conjuntas de investigação e publicação científicas. Haverá salas disponíveis, durante o dia 15 de julho.
Grupos de trabalho e de pesquisa estão convidados a enviarem propostas para tais encontros, que envolvam participantes de vários países, especialmente dos continentes americano e africano.
Caso tenha interesse e disponibilidade para propor e organizar um desses Encontros Multilaterais, por favor, envie sua proposta para o e-mail jaquebrasilia@gmail.com ou eileenpfeiffer@gmail.com.
Para mais informações sobre o XXXIV Congresso Interamericano de Psicologia, visite nosso site: http://www.sip2013.org
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XXXIV Interamerican Congress of Psychology (ICP 2013) - Multilateral Meetings
There will be an opportunity for researchers to organize multilateral meetings to plan collaborative research activities and scientific publications during the XXXIV Interamerican Congress of Psychology (CIP 2013), which will be held in Brasília, Brazil, on July 15th to 19th, 2013. There will be rooms specifically available for these activities on July 15th.
Research and work groups are invited to send proposals for such meetings, and encouraged to collaborate with participants from various countries, especially with those of the American and African continents. If you are available and interested in proposing and organizing such a multilateral meeting, please send your proposal to jaquebrasilia@gmail.com or eileenpfeiffer@gmail.com.
For more information about the XXXIV Interamerican Congress of Psychology, visit our website: http://www.sip2013.org/eng/principal.html.
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sábado, 5 de janeiro de 2013

ABRAPSO - Eventos Científicos de 2013

Clique AQUI para conhecer os eventos Científicos de 2013 indicados pela Associação Brasileira de Psicologia Social - ABRAPSO.
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My ResearcherID

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Feliz Ano Novo para Tod@s Nós!

2013, SEJA BEM VINDO!
Muita paz, saúde e sucessos para nós neste Novo Ano!
Abaixo, imagens dos fogos em Brasília, na Ponte Costa e Silva, sobre o Lago Paranoá, próximo à Prainha (Praça dos Orixás), neste dia primeiro de janeiro de 2013!
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