sexta-feira, 29 de julho de 2016

5 Textos das Blogueiras Negras que você precisa ler!


Fonte: http://tinyurl.com/henxus3

Ontem, 25 de julho, foi Dia da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha. Por muitos anos, o Brasil teve como principal data negra o 13 de maio. Porém, graças há tantas negras e negros brasileiros, essa data tornou-se um espantalho para mostrar que não houve libertação para a população negra. O dia da abolição da escravatura não conta a história do povo negro no Brasil. Então, o movimento negro reivindicou suas datas políticas, especialmente o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. E, as mulheres negras tem o dia 25 de julho como sua principal data. É com alegria que vemos mais eventos e ações nessa data com o passar dos anos.

A data foi criada em 25 de julho de 1992, durante o primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, República Dominicana, como marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. No Brasil, a data é nacional, foi instituída por uma Lei de 2014, como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma importante líder quilombola que viveu durante o século 18.

Uma das iniciativas mais importantes que acompanhamos na internet nos últimos anos foi a criação do site e da comunidade Blogueiras Negras.

Um projeto criado, pensado, idealizado e desejado por Charô Nunes, que junto com outras mulheres incríveis como Larissa Santiago, Maria Rita Casagrande e Thiane Neves Barros, entre tantas, investem na publicação de textos inéditos exclusivamente escritos ou traduzidos por mulheres negras (de qualquer parte do mundo) que tragam para o debate suas vivências, experiências, referenciais teóricos e políticos. Desde 2012, formam uma das grandes (talvez a maior) comunidades de mulheres negras na internet. Além de abrir espaço para as vozes de diversas mulheres, mostram que a escrita é também uma ferramenta de luta e resistência.

Por isso, perguntamos a elas quais seriam 5 textos que estão esquecidos nos arquivos e que merecem ser lidos, relidos, compartilhados e indicados. Essa lista é para que você sinta cada vez mais vontade de conhecer muitas produções de mulheres negras:

1. Uma fé que nada tem a ver com o diabo. Sarah Joker aponta o racismo institucional que atinge pela porta da espiritualidade: violências e violações a terreiros, filhos de santo e adeptos as religiões de matriz africana. Que Xangô nos proteja!

2. Um texto pra mãe que tem uma filha lésbica. Um tiro no peito! Jessica Ipólito traz verdade e sensibilidade nua e crua nesse texto que emociona só pelo título. Se você já leu, releia!

3. Doença de branco. Jaqueline Gomes de Jesus, doutora em psicologia, nos alerta para os perigos do racismo e como sua naturalização tem nos prejudicado psiquicamente. Esse texto precisa ser lido e espalhado.

4. A negra e gorda no mercado de trabalho. Mabia faz uma análise crítica do mercado de trabalho e sua relação com os corpos de mulheres negras e gordas. Um exímio texto que destaca o lugar dessas mulheres antes e hoje.

5. Cinco Mulheres trans negras que abriram o caminho. Olhar pro passado é nosso dever; para conseguir caminhar para frente com segurança e força. Esse editorial que foi feito sob a orientação de Hailey Kaas e colaboração de Bernardo Abreu, lista algumas das mulheres negras trans que foram essenciais para que chegássemos até aqui.

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