segunda-feira, 29 de junho de 2015

Is Gender Real? / Gênero é Real?

Really wonderful summary of the contemporary discussion on gender, by 8-Bit Phylosophy.
Resumo realmente maravilhoso das discussões contemporâneas sobre gênero, por 8-Bit Phylosophy.

II SEMINÁRIO PAREMOS A TRANSFOBIA DE ASSIS


II SEMINÁRIO PAREMOS A TRANSFOBIA
05 e 06 de Agosto de 2015
UNESP (Salão de Atos) – ASSIS – SP

Paremos a Transfobia já!!!

Vivemos tempos de crises de paradigmas que colocam em evidências e intensificam situações de desigualdades sociais, sexuais, raciais e de gêneros que solicitam problematizações a respeito dos diversos marcadores sociais de estigmas que produzem segregações e sofrimentos psicossociais, e, entre eles, os voltados para a população de Travestis e Transexuais que são excluidas/excluidos dos direitos a ter direitos, ou seja, sem acesso a cidadania, o que implica em cartografias dos processos de estigmatização, descriminações, violências e mortes vividas por essas pessoas, conforme dados apresentados pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República que mostram que entre 2011 e 2014 foram registradas mais de 7.600 denúncias de violação contra a população LGBT.

No ano passado, 232 casos foram contra Travestis e Transexuais, equivalentes a mais de 20% do total de denúncias feitas junto a Ouvidoria Nacional e ao Disque Diretos Humanos (Disque 100), o que pode ser ampliado se considerarmos inúmeros casos que são mantidos na invisibilidade. Os estados com maior número de registros foram São Paulo (53 denúncias), Minas Gerais (26) e Piauí (20). A discriminação foi a causa de 85% das denúncias e a violência psicológica esteve presente em 77% dos registros.

Em continuidade ao I Seminário Paremos a Transfobia ocorrido em fins de 2013 apresentamos nesta segunda edição a proposta de estreitamento entre a Psicologia enquanto saber politico e comprometido com as mudanças sociais, políticas e culturais, por isso emancipatórias, buscando criar espaços dentro do território acadêmico que dialogue com os Movimentos sociais organizados de travestis, Transexuais e homens trans, criando dispositivos que contribuam com o enfrentamento das transfobias e propicie um mundo que seja de fato inclusivo, laico e democrático em que todas as pessoas possam ser respeitadas como cidadãs. Nesta perspectiva convidamos a todas e todos que compõe tanto a comunidade acadêmica interna de nossa universidade, assim como, organizações de ativismos e de exercícios de direitos, e a comunidade externa como um todo para que juntos possamos construir um mundo melhor possível sem transfobias, lesbofobias e homofobias, mas também sem machismos, racismos e misoginias em que as pessoas possam exercitar seus direitos de serem quem são e de circularem livremente pelo mundo, sendo respeitadas como pessoas dignas e por isso incluidas em todas as esferas de participação política, social e comunitária em planos de igualdades de direitos sexuais e humanos.

Cidadania não tem corpo, sexo e nem roupa certa!!!

PROGRAMAÇÃO

05/08/2015

18H30 – MESA DE ABERTURA
19H00 – 20H00: CONFERENCIA: “Paremos a transfobia: da Cidadania às experiências exitosas das travestilidades e transexualidades no Brasil.
Conferencista: Dra. Flávia do Bonsucesso Teixeira - Professora Adjunta da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia – UFU.
20H00 -20H45: Lançamento de livros:  “Travestis Brasileiras: dos estigmas à cidadania” de Wiliam Siqueira Peres – Editora Juruá/Curitiba e  “Teatro da Rainha de Duas Cabeças – vol. 3” de Cesar Almeida – Editora do Autor/Curitiba
21h00 – TEATRO: ESCRAVAGINA – Monólogo com Maitê Schneider/Curitiba/PR – Grupo de Teatro Rainha de Duas Cabeças/Curitiba/PR.

06/08/2015

09H00 – 11h30: MESA REDONDA: Movimentos sociais e políticas públicas para os direitos e cidadania trans.
Keila Simpson – Diretoria da ANTRA/Associação Nacional de Travestis e Transexuais e Vice Presidente  Trans da ABGLT – Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais , Travestis e Transexuais.
Luciano Palhano – Coordenador Nacional do IBRAT - Instituto Brasileiro de Transmasculinidades , Coordenador Executivo do Fórum Nacional de Pessoas Trans negras e Membro da Comissão Executiva do Fórum Paulista de Travestis e Transexuais.
Symmy Larrat – Coordenadora do Programa Transcidadania da Prefeitura Municipal de São Paulo.
Fernanda Benvenutty – Enfermeira, Conselheira da ANTRA no CNS – Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde e  Conselheira da ABGLT no CONASP/Conselho Nacional de Segurança Pública da Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Mediador: Dr. Leonardo Lemos de Souza – Depto de Psicologia Evolutiva, Social e Escolar e Programa de Pós-graduação em Psicologia da UNESP/Assis.
11H30 – 12H00: Show artístico – Gabrielly Spanic – Ativista Trans/Assis/SP
12H00 – 14H00: ALMOÇO
14h00 – 17H00: MESA REDONDA: Experienciais exitosas e relatos de vida
Maitê Schneider – Transexual, Atriz e criadora do Site Casa da Maitê, Presidente da ABRAT – Associação Brasileira de Transgêneros.
Tais Diniz Souza – Assistente Social do Centro de Cidadania LGBT da Prefeitura de São Paulo, membro da ANTRA
Regis Vascom – Advogado, membro da Comissão Executiva do Fórum Paulista de Travestis e Transexuais e membro fundador IBRAT – Instituto Brasileiro de Transmasculinidades.
Rafaelly  Wiest– Presidente do Transgrupo Marcela Prado/Curitiba/PR e Diretora Executiva da ABGLT.
Mediador: Dr. Fernando Silva Teixeira Filho – Depto Psicologia Clínica e Programa de Pós-graduação em Psicologia da UNESP/Assis.
17H00 – 18H00: Plenária de Avaliação
18H00 – Coffee Break e show musical: Banda Isso e as Biscates – UNESP/Assis.

INSCRIÇÕES: até 31/07 – Estudantes R$ 20,00 / Profissionais/Professor@s/Pesquisador@s R$ 30,00
Após 31/07 – Estudantes R$ 30,00 / Profissionais/Professor@s/Pesquisador@s R$ 40,00  (Incluído Peça de Teatro e Coffie Break)
Depósitos: Banco do Brasil Ag. 1216-5 c/c: 21094-3 / Favorecid@: Adriano Barbosa Sales
Email para informações e confirmação de inscrições: paremosatransfobia@gmail.com

Parceiros:
Conselho Federal de Psicologia
Conselho Regional de Psicologia 06
Programa de Pós-graduação em Psicologia UNESP/Assis
Departamento de Psicologia Clínica
Departamento de Psicologia Evolutiva, Social e Escolar
Faculdade de Ciências e Letras de Assis/UNESP/Assis
GEPS – Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Sexualidades

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Psiquiatra para Pobre, Psicólogo para Rico?

Ontem à noite vi uma cena em I Love Paraisópolis (por acaso, porque nunca assisti essa novela), que me chamou a atenção. Uma das atrizes, negra, representando uma empregada doméstica, pelo que entendi (os estereótipos sobre negros reprisados), aconselhava a jovem protagonista sobre como lidar com a nova patroa, que apresentava um comportamento estranho.

A senhora lhe disse, se a memória não me falha, que "pobre, quando fica doido, vai pro psiquiatra; já rico vai ao psicólogo".

O comentário, de teor irônico, afetou-me profundamente. Evidenciou, mais uma vez, a representação social que a Psicologia ainda tem para a população em geral: uma prática elitista, a serviço - apenas - dos poucos com renda. Até mesmo a medicina psiquiátrica parece ser mais próxima das pessoas, apesar de os dados e a constatação da realidade mostrarem o contrário.

Lembrei-me imediatamente de uma história que ouvi de uma amiga, há muito tempo, sobre um questionamento de Ana Bock a Henfil, salvo engano, por este ter desenhado um psicólogo atendendo alguém num divã. Ela explicou que esse era um estereótipo, e que a Psicologia ia muito além dessa prática clínica.

O cartunista lhe respondeu que essa era a imagem da Psicologia para a sociedade, e que os próprios psicólogos são responsáveis por perpetuá-la ou mudá-la.

Uma representação social não muda facilmente, ou melhor, dificilmente muda. Demanda transformações, a longo prazo, nos elementos que a ancoram a uma determinada concepção.

Entendemos que a Psicologia tem uma função social, e há décadas há um movimento ético-político de Compromisso Social da profissão (de certo modo presente em nosso Código de Ética Profissional), protagonizado na figura de Silvia Lane e levado à frente por seus discípulos e admiradores.

Qual Psicologia nós psicólogos queremos e estamos fazendo? Para quem e com quem?

Malfadado dia em que a Psicologia consistir apenas na aplicação de técnicas e instrumentos, sem visão estratégica das condições políticas, sociais e institucionais nos contextos em que se insere.

Entendo, no que me encontro com muitos outros colegas, que nossa ciência-profissão é relevante para todas e todos. Enormes são os desafios para que a sociedade também tenha essa percepção, a qual não se dará por imposição, mas por implicação das psicólogas e dos psicólogos nas demandas dessa sociedade, em todas as esferas.


domingo, 21 de junho de 2015

BRASIL

Jaqueline Gomes de Jesus

Minha paixão insana, Brasil:
Gigante que levanta e tropeça.
Este meu povo humilde e cordial
Que assiste ou pratica linchamentos.
Autoridades sempre atenciosas
Para com amigos e conchavos.
Futuro promissor no Brasil,
Se tiver boas indicações.

A vida é tão livre no Brasil,
Você pode estar onde quiser,
Pode ir aonde bem lhe convier,
Reconhecido seu potencial,
Se você ficar no seu lugar.

A vida é segura no Brasil,
Se você é branco no Brasil.
A vida é tão linda no Brasil;
Se você é magro no Brasil.
A vida é bem justa no Brasil;
Se você é rico no Brasil.
A vida é gostosa no Brasil;
Se você é gringo no Brasil.

E apesar, contudo, todavia,
Iludida ou bastante paciente,
Ainda boto fé nesse país,
Esse meu estranho amor platônico.
Não lhe quero afundado no mar,
Tampouco chafurdando na lama.
Eu te quero mais seguro, lindo,
Justo e gostoso, também pra negros
E índios, gordos, pobres, brasileiros.

Gosto mesmo de você, Brasil,
Que a recíproca valha, Brasil.


sábado, 20 de junho de 2015

Homofobia: Identificar e Prevenir

Consulta pública sobre o novo livro de Jaqueline Gomes de Jesus, realizada por meio do Google Drive, entre 6 de abril e 6 de junho de 2015. Total de respondentes: 100 (cem).






quinta-feira, 18 de junho de 2015

IGREJA ATACADA POR JOVEM BRANCO É SÍMBOLO DA LUTA CONTRA ESCRAVIDÃO NOS EUA


O Globo: Fundado em 1816 pelo líder abolicionista Morris Brown, templo é um dos mais antigos da comunidade negra do sul do país

FOTO: Igreja Emanuel (nome completo: Igreja Episcopal Afro-Metodista Emanuel, tradução minha) é um dos símbolos da comunidade afro-americana e da luta contra a escravidão nos Estados Unidos - David Goldman/AP

The New York Times: O atirador foi capturado. Em seu perfil no Facebook ele aparece vestindo uma jaqueta com insígnias da África do Sul na Era do Apartheid e da Rodésia, atual Zimbábue, que também já foi um regime supremacista branco.


Uma sobrevivente relatou que o assassino disse, enquanto disparava: "Tenho de fazer isso, vocês estupram nossas mulheres e estão dominando nosso país. E vocês têm que ir embora".


TODA SOLIDARIEDADE À COMUNIDADE AFETADA ANTE A TÃO HORRENDO CRIME DE ÓDIO!
All solidarity to the community after this horrible hate crime!

QUE ESSE HOMICIDA RACISTA, E SEUS EVENTUAIS APOIADORES, SEJAM PUNIDOS!
That this racist murderer, and his eventual supporters, be punished!
.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Seminário “Psicologia, gênero e diversidade sexual: identidades em construção”

SEMINÁRIO “PSICOLOGIA, GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL: IDENTIDADES EM CONSTRUÇÃO”
Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul - CRP/MS

ÓTIMA NOTÍCIA: As inscrições foram abertas à população em geral!

As vagas são limitadas devido ao espaço físico disponível e já estão se esgotando, faça logo sua inscrição e garanta a sua vaga (o evento é gratuito): http://crpms.org.br/eventos



Comboy de Mentiras, Vindo do Reino Petista com a Fragata Verdade Encoberta por Capitania

Fiquei sabendo desse livro pela coluna do Ancelmo Góis, n'O Globo. É no mínimo curioso.


Escrito por José Daniel Rodrigues da Costa, foi publicado em 1820. Os colegas estudiosos do Português arcaico que expliquem o que significava, para os leitores de antanho, "reino petista".

Aqui um trecho que pincei e posto num português mais próximo do nosso:

Condecorado na ordem da tafularia, ou taful nos ossos, que este é o nome que se tem adotado em geral, aos novos alistados no congresso das asneiras, tem sido o objeto de todas as desordens...
(Capítulo 9). 

"Taful" é quem joga profissionalmente ou por hábito. Pode também significar pessoa festeira.

Consta no prólogo uma citação de Horácio, que li também em Marx, quando este faz uma crítica do trabalho assalariado em relação ao trabalho escravo: "Mutato nomine, de te fabula narratur" (Mude o nome e de ti a estória fala).

Para os mais curiosos, indico que vocês podem ler o livro inteiro na Biblioteca Digital da Universidade Harvard, aqui.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Transforming History - A New York Times Report on Transgender Rights


A reflexão cabe perfeitamente para a realidade brasileira, onde a patologização das identidades e as demandas particulares da população trans também, lamentavelmente, costumam ser invisibilizadas sob o véu das pautas LGB:

"By now, most Americans are probably familiar with the rights movement known by the initials L.G.B.T., but they may have a better sense of the L.G.B. part — lesbian, gay, bisexual. The T, for transgender, has eluded many people. That, however, may be quickly changing with a string of developments in recent years, not the least being the emergence this month of Caitlyn Jenner, a transgender woman who was a public figure for four decades as Bruce Jenner, Olympic decathlon champion and reality-show personality".

Beyond Caitlyn Jenner Lies a Long Struggle by Transgender People
http://www.nytimes.com/2015/06/15/us/beyond-caitlyn-jenner-lies-a-long-struggle-by-transgender-people.html?smid=fb-share

Sylvia Rivera
Transgender activist and central figure on the LGBT Liberation Movement
Ativista trans e figura central no moderno Movimento LGBT


The video with this article is part of a documentary series presented by The New York Times. The video project was started with a grant from Christopher Buck. Retro Report has a staff of 13 journalists and 10 contributors led by Kyra Darnton. It is a nonprofit video news organization that aims to provide a thoughtful counterweight to today’s 24/7 news cycle. Previous episodes are at nytimes.com/retroreport. To suggest ideas for future reports, email retroreport@nytimes.com

sábado, 13 de junho de 2015

Livros para Libertação #83: MÉTODO HISTÓRICO-SOCIAL NA PSICOLOGIA SOCIAL

A Psicologia Marxista ou Materialista Histórico-Dialética é praticamente ignorada pelas/os novas/os psicólogas/os, e geralmente silenciada. Este é um livro muito importante para que os colegas possam conhecê-la em sua práxis: MÉTODO HISTÓRICO-SOCIAL NA PSICOLOGIA SOCIAL.



Organizada por Angelo Antonio Abrantes, Nilma Renildes da Silva e Sueli Terezinha Ferreira Martins, esta publicação de 2005, da Editora Vozes, propõe abertamente que a indignação contra a degradação da vida humana, e a denúncia de tudo isso, façam parte indissociável de nossa forma de conhecer e intervir na realidade.


Os diferentes autores abordam perspectivas teóricas e métodos extremamente ricos e raros para a Psicologia atual, refletindo sobre o marxismo no capitalismo contemporâneo, suas expressões na pesquisa-ação em Psicologia.


O prefácio de Bader Sawaia é um ótimo convite à crítica de certos estereótipos e ao engajamento intelectual e, sim, afetivo, à "luta coletiva pelo futuro".


Livros para Libertação #82: PSICOLOGIA SOCIAL: Principais Temas e Vertentes

Conforme descrito na contracapa, "esta obra revisa de forma didática os principais estudos da Psicologia Social, abordando as diversas tendências que a influenciaram em todo o mundo ao longo do tempo": PSICOLOGIA SOCIAL: Principais Temas e Vertentes.


Organizado por Cláudio Vaz Torres e Elaine Rabelo Neiva, o livro foi publicado em 2011 pela Artmed, de Porto Alegre, tendo dezenas de colaboradores, que abordam, de maneira atualizada e abrangente, temas como cognição e normas sociais, atribuição de causalidade, influência social e poder, atitudes, identidade social e alteridade, contato intergrupal, representações sociais, valores, cultura e comunicação.

A publicação ganhou o Prêmio Jabuti 2012, em terceiro lugar, como melhor obra na área de Psicologia e Psicanálise.

Sou co-autora do capítulo sobre Preconceito, Estereótipo e Discriminação, com a amiga Amália Raquel Pérez-Nebra, e a autora do capítulo Atração e Repulsa Interpessoal.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil

12 de junho é o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil.



Estima-se que mais de 100 milhões de crianças, com idades entre 5 e 14 anos, são submetidas a regimes de trabalho em todo o mundo.



O trabalho infantil é uma consequência da miséria, da falta de proteção social e de trabalho decente para os adultos, e ainda da incapacidade de garantir a presença das crianças em ambientes educacionais.


Para acabar com o trabalho infantil, os países precisam investir em políticas consistentes e efetivas de educação de qualidade e gratuita para todas as crianças e adolescentes, e de segurança laboral para os adultos.



Acesse http://www.fnpeti.org.br/12dejunho

Acesse http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/eventos/assistencia-social/cartao-vermelho-contra-o-trabalho-infantil

Acesse http://www.oit.org.br/content/emprego-juvenil

Acesse http://www.ilo.org/ipec/Campaignandadvocacy/wdacl/lang--en/index.htm (em inglês)

Acesse http://endslaverynow.org/connect/directory-of-organizations?gclid=Cj0KEQjwhuqrBRCFuPz4ipOx5JIBEiQAZJ7F-hkbMxqcj0WAKOl96p5ncrC5nSSNjnh889_5RSPk2eYaAqL78P8HAQ (em inglês)




Livros para Libertação #81: PSICOLOGIA SOCIAL: Perspectivas Psicológicas e Sociológicas

De José Luis Álvaro e Alicia Garrido, este é um excelente livro para se compreender as diferentes abordagens da Psicologia Social, a partir dos seus enfoques: PSICOLOGIA SOCIAL: Perspectivas Psicológicas e Sociológicas.


Publicado no Brasil pela McGraw-Hill, em 2006, o livro apresenta as diferentes perspectivas para análise da realidade social da Psicologia Social, em sua origem e desenvolvimento desde a Psicologia e a Sociologia até os mais recentes debates epistemológicos e metodológicos.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

TRANSFOBIA INSTITUCIONAL NO JUDICIÁRIO BRASILEIRO / INSTITUTIONAL TRANSPHOBIA IN BRAZILIAN JUDICIARY

It reads: "REFUSAL OF CHANGING NAME IN BRAZILIAN JUSTICE
30% among transgender people; 15% in the population average".

Importante pesquisa do Grupo de Estudos em Direito e Sexualidade da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo reitera, com dados, que a transfobia institucional cria obstáculos para a plena cidadania das pessoas trans no Brasil. O Judiciário brasileiro recusou pedidos para mudança de nome de pessoas transgênero 2 (duas) vezes mais do que a média dos pedidos apresentados.

Assista matéria da TV Brasil a respeito: https://www.facebook.com/ebcnarede/videos/824763380953787/?fref=nf
*
Important research of the Group of Studies on Law and Sexuality from the Law School of the University of São Paulo reiterates, with data, that the institutional transphobia creates obstacles to the full citizenship for trans people in Brazil. The Brazilian judiciary refused requests for change of name of transgender people two (2) times more than the average of the average requests submitted.

Watch this report from TV Brazil about the matter (in portuguese): https://www.facebook.com/ebcnarede/videos/824763380953787/?fref=nf

SEMINÁRIO “PSICOLOGIA, GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL: IDENTIDADES EM CONSTRUÇÃO"


I Seminário “Psicologia, Gênero e Diversidade Sexual: Identidades em Construção"
Universidade Anhanguera Uniderp, Bloco VI
19 de 20 de junho de 2015
Conferência de Abertura: Jaqueline Gomes de Jesus


Inscrições até o dia 14 de junho, EXCLUSIVAMENTE PARA PSICÓLOGAS E PSICÓLOGOS inscritos(as) no Conselho Regional de Psicologia do Mato Grosso do Sul - CRP/14

Livros para Libertação #80: PSICOLOGIA SOCIAL

Clássico de Aroldo Rodrigues, este foi o meu primeiro contato com a Psicologia Social, durante a graduação, mais especificamente em 1997, no início dela: PSICOLOGIA SOCIAL.


Foi publicado pela Vozes. A minha edição é de 1996. Conheço as versões mais atualizadas, porém guardo esta com carinho, ainda do tempo em que eu encapava meus livros didáticos (risos).

A publicação traz um panorama de tópicos centrais para a Psicologia Social, com foco na perspectiva social psicológica. Muitos são os temas abordados, a citar: Percepção social; Atração interpessoal; Atitudes; Tomada de decisões; e conformismo, entre outros.

Verifique as versões mais recentes para compreender como a compreensão acerca das temáticas têm-se renovado, a partir de novos pontos de vista e da experienciação em diferentes níveis.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Livros para Libertação #79: PSICOLOGIA SOCIAL CONTEMPORÂNEA

Este livro me acompanhou em minha formação acadêmica e foi meu amigo na formulação de muitas aulas: PSICOLOGIA SOCIAL CONTEMPORÂNEA: Livro-Texto.


Organizada e tendo como autores Maria da Graça Corrêa Jacques, Marlene Neves Strey, Nara Maria Guazzelli Bernardes, Pedrinho Arcides Guareschi, Sérgio Antônio Carlos e Tânia Mara Gali Fonseca, entre outros colaboradores, a obra foi primeiramente publicada em 1998, pela Editora Vozes. A edição que lhes mostro é de 2002.

É um trabalho riquíssimo por apresentar a diversidade de qualificações e de perspectivas, pressupostos e experiências da Psicologia Social, com foco na América Latina e para além dos estereótipos simplificadores.

Prefaciado por Silvia Lane, o livro aborda como temas: História; Epistemologia; Ética; Indivíduo, cultura e sociedade; Pesquisa; Ideologia; Representações Sociais; Linguagem; Conhecimento; Comunicação; Identidade; Subjetividade; Gênero; Processo grupal; Psicologia Política; Escola; Trabalho; e comunidade.

Como nos orienta a histórica professora Silvia Lane, em seu prefácio: "Aproveitem as lições contidas nesta obra, sem esquecer jamais da reflexão crítica voltada para as nossas atividades cotidianas, repletas de conteúdos emocionais, que permitirá o avanço constante de nossa consciência e de nossa identidade como metamorfose"!

terça-feira, 9 de junho de 2015

Dicionário de Psicologia do Trabalho e das Organizações

Acabo de receber em casa o meu exemplar do DICIONÁRIO DE PSICOLOGIA DO TRABALHO E DAS ORGANIZAÇÕES, com verbetes de dezenas de colaboradores, organizado pelos professores Pedro F. Bendassolli e Jairo Eduardo Borges-Andrade​!

Publicado pela Casa do Psicólogo, é uma iniciativa pioneira que objetiva retratar a diversidade teórica e empírica no campo da Psicologia do Trabalho e Organizacional no Brasil.

Tenho a honra de ser co-autora, com o amigo e mentor Cláudio Torres​, do verbete sobre Relações Intergrupais nas Organizações.

Você pode ter maiores informações sobre a publicação e comprá-la pelo site http://www.casadopsicologo.com.br/dicionario-de-psicologia-do-trabalho-e-das-organizacoes.html#.VXcKvc9Viko


segunda-feira, 8 de junho de 2015

Livros para Libertação #78: REDES OU PAREDES

Este livro analisa e propõe algumas respostas para a progressiva incompatibilidade entre as linguagens das novas gerações e as estratégias educativas das escolas: REDES OU PAREDES: A Escola em Tempos de Dispersão.


De Paula Sibilia, a obra foi publicada pela Contraponto, em 2012.

A autora constata que uma mudança profunda nas escolas, começando da desconstrução e superação de sua antiga função disciplinadora, ainda preponderante, para uma prática que as transformem em verdadeiros lugares de diálogo, onde se produzam pensamentos e se vivam experiências que de fato sejam significativa para todos os atores sociais no espaço escolar.

A aventura de ser contemporânea, para a escola, será muito difícil, e passa por se desligar do modelo de paredes, que reafirma o seu atual descrédito social, em termos de desinteresse, tédio e dispersão, para adotar as novas tecnologias de rede, em um modelo de ensino no qual se estimule os estudantes a uma busca ativa pelo conhecimento, tendo os professores como mediadores desse aprendizado coletivo.

domingo, 7 de junho de 2015

Deus Também É Trans / God Is Also Trans

Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, 7 de junho de 2015.
City of São Paulo LGBT Pride Parade, Brazil, June, 7, 2015.
(Foto/Photo: Fotoarena/FolhaPress ).

No topo da cruz, lê-se "Basta de Homofobia com GLBT"
On the cross you read "Stop Homophobia with GLBT"

Transfeminismo: Teorias e Práticas - Prefácio

Abaixo reproduzo o belíssimo prefácio de Juliana Perucchi para o livro Transfeminismo: Teorias e Práticas, publicado pela Metanoia Editora, do qual sou organizadora e autora, com outros colegas.

Você pode adquirir o livro na loja virtual da Editora, em http://www.metanoiaeditora.com/loja/products/TRANSFEMINISMO%3A-TEORIAS-E-PR%C1TICAS.html


Prefácio

A publicação deste livro dá-se em uma época de crescente visibilidade das pessoas transgênero e das suas questões. Mas, também, em tempos em que a representação da alteridade em relação a estas pessoas se faz, não raro, por parte das pessoas cis, de modo a desumanizá-las, ao ponto de inviabilizar um reconhecimento de vínculo ético-moral com elas e, o mais grave, de modo a tornar possível sua eliminação. Tomo esta constatação como ponto de partida do trabalho aqui empreendido nestas linhas: prefaciar uma obra que materializa em terras tupiniquins, mais precisamente, em nosso panorama científico e de militância feminista, um campo teórico-conceitual já bastante profícuo e fértil no exterior. 
Para tal tarefa, vale retomar outra obra, Precarious Life – The Powers of Mourning and Violence, da filósofa estadunidense Judith Butler, na qual a autora afirma que as pessoas que não têm oportunidade de representar a si mesmas correm um grande risco de serem vistas como menos humanas, de serem tratadas como menos humanas, ou mesmo, de nem serem vistas. Inicio por este ponto, pois o livro aqui prefaciado é, sem dúvida, um competente exercício à reflexão acerca das égides normativas que ditam como sexualidade e agência devem ser representadas e organizadas. O que se lê aqui é um conjunto de textos que, sob diferentes óticas e escritas, debruçam-se reflexivamente sobre uma questão: acerca de como os outros nos fazem reivindicações morais, constringindo-nos por meio de exigências morais, exigências estas que não pedimos, mas que também não somos livres para declinar. Percebe-se, nesta tarefa de reflexão coletiva e plural, a estratégia bem sucedida de combinar textos provenientes de diferentes contextos e de experiências bastante variadas que, materializadas nas escritas de cada capítulo, convergem para a problematização. Combinação esta feita de modo inteligente e organizada, mantendo a fluidez e, por vezes, a aridez necessária à leitura crítica e instigante. 
A articulação das bibliografias apresentadas ao longo do livro e convidadas ao diálogo com quem o lê demonstra uma interlocução eficiente e necessária a este empreendimento intelectual comum sobre Transfeminismo. Ao mesmo tempo, promovem-se contrapontos e tensões, tanto no âmbito dos feminismos, quanto nos universos transgênero, e, sobretudo, entre eles. Neste sentido, a obra oferece um salutar efeito de renovação aos debates e produções de conhecimento produzidas sobre o tema, em língua portuguesa.  
Considerando que se trata de uma publicação brasileira (com a preciosa contribuição de colegas de Portugal) vale retomar aqui a memória de alguns acontecimentos ocorridos recentemente no Sul das Américas, que demonstram a complexidade do tema. Em Maio de 2012, o Senado argentino aprovou um projeto legislativo de Identidade de Gênero, que ampliou os direitos da população transgênero. A partir da sanção da lei, é obrigado ao Estado garantir o reconhecimento ao gênero auto-concebido por cada cidadã e cidadão da Argentina, mesmo que o gênero auto-concebido não corresponda ao sexo atribuído à pessoa no momento de seu nascimento. Entre os direitos garantidos pela lei, está a possibilidade de que o nome, o sexo e a foto nos documentos de identidade sejam modificados por qualquer pessoa com idade superior a 18 anos que se perceba com um gênero diferente do registrado em sua certidão de nascimento. Assim como também as instituições da rede pública de saúde, bem como os planos de saúde privados deverão oferecer o acesso integral a operações e tratamentos hormonais, sem necessidade de autorização judicial ou administrativa. O texto legislativo, reconhecido internacionalmente como um dos mais avançados do mundo, atendeu demandas históricas da comunidade transgênero da Argentina. Por aqui, tramita no Poder Legislativo o Projeto de Lei N° 5.012/2013 – Lei de Identidade de Gênero, denominada Lei João Nery, que dispõe sobre o direito à identidade de gênero, dispondo também sobre os registros públicos, dentre outras providências. Vale lembrar que estamos atrasados em relação a nossos vizinhos continentais, pois no ano de 2009 o Uruguai já se tornara o primeiro país da América Latina a editar uma legislação de garantia do direito ao livre reconhecimento da identidade de gênero própria a cada pessoa. Os exemplos de Argentina e Uruguai colocam o Brasil em condição desfavorável e constrangedora. Por que em terras tupiniquins estes direitos são tão demoradamente garantidos e tão evidentemente violados, inclusive, pelo Estado? Como se processam os jogos de poder por meio dos quais alguma inteligibilidade da sociedade brasileira opera sobre a precariedade de algumas vidas, de modo a impedir que projetos de garantias de direitos sejam inseridos na legislação do país? O livro contribui para ampliar a envergadura das tentativas de respostas a estas questões e aprofundar as reflexões. 
Ao longo da leitura (re)lembramos que desejos e prazeres podem ser vividos de várias maneiras, assim como angústia e dor. Nesta perspectiva, identidades de gênero são construídas através do modo como lidamos com nossos corpos, com nosso desejo e também da forma como nos relacionamos com o mundo e, sobretudo, do modo como o mundo se relaciona conosco. Afinal, construímos nossas identidades de gênero, identificando-nos social e historicamente com os modelos disponíveis, inteligíveis e, destarte, normalizados. 
Há tempos, na obra O Contrato Sexual, Carole Pateman já argumentou contundentemente que a sexualidade condicionou a criação do contrato social moderno. Neste sentido, a própria origem do Estado moderno está ligada ao exercício da sexualidade e seus jogos de poder. Mas, para além de ser o dispositivo que permite a (re)produção da espécie, da sociedade, das instituições e das pessoas, a sexualidade é, sobretudo, (e felizmente!) algo que nos dá prazer e gozo. A leitura deste livro é prazerosa. Ao longo encontram-se constatações já bastante discutidas em arenas feministas, acerca do gênero como efeito de poder de complexas construções performáticas cotidianas, o que leva a entender que se constituir como sujeito gendrado é uma ação política múltipla de significados. A leitura permite também destacar a relevância ético-metodológica de se conceber a ciência como situada. Considerando, portanto, que as construções científicas são datadas, frutos da história, social e culturalmente constringidas, o que, contudo, não impede a produção de conhecimento por meio de sistemas de conceituação. 
O livro contribui com a produção do conhecimento sobre Transfeminismo e nos alerta (literalmente em um de seus capítulos, mas como pano de fundo de todos os demais) que não se pode construir um movimento sociopolítico transfeminista sem um conhecimento objetivo e amplo das diversas formas de expressão afetivo-sexual das pessoas transgênero. A diversidade sexual e de gênero, complexa e poderosamente discutida aqui, traduz a multiplicidade e a variedade de possibilidades de leituras (e escritas) que potencializam o abalo que as estruturas conservadoras tanto temem. Sintetizando, e também para referenciar outros capítulos, pode-se considerar esta publicação como uma força no abalo (não sísmico, mas transmico) que tem sacudido a “normatividade careta”, inclusive, a de beca e toga. 
Se, como discutido nestas páginas, as (trans)formações do movimento LGBT e também dos feminismos, trazem consigo sua expansão, ainda parece evidente a necessidade de que mulheres indígenas, negras, trabalhadoras sexuais, trabalhadoras rurais, trabalhadoras domésticas, travestis, trans, cis, enfim, que, sobretudo, pessoas de vida precária possam agenciar processos nos movimentos sociais. Estes escritos transfeministas demonstram que é preciso, por vezes, inclusive, borrar as fronteiras entre tais definições de pertença e articular criticamente múltiplas posições de sujeito com capacidade de agir e falar sobre aquilo que se faz sobre si e sobre os outros, e sobre o que os outros fazem sobre si. Ao ler este livro, questionamos: quem é mesmo o sujeito das reivindicações feministas? Quem reivindica (ou pode reivindicar) direitos igualitários a partir dos feminismos?  
Tem-se aqui uma leitura que colocará em ação um giro do poder contra si mesmo, que se espera produzir modalidades alternativas de poder, a fim de estabelecer um efeito de contestação político-científica que não se trata de uma oposição ingênua das relações de poder no âmbito da academia ou dos movimentos sociais; mas sim, trata-se de um elaborado trabalho coletivo de enfrentamento à lógica que tem excluído pessoas trans da agenda e da produção político-científica, seja na militância, seja nas ciências. Espero que este livro exerça o poder de afetar e (trans)formar quem se lançar em sua leitura.

Juliana Perucchi
Juiz de Fora, 14 de julho de 2014.

Livros para Libertação #77: PELA BANDEIRA DO PARAÍSO

Neste momento em que o Brasil passa por um recrudescimento dos fundamentalismos, em todas as esferas, esta leitura se torna essencial: PELA BANDEIRA DO PARAÍSO: Uma História de Fé e Violência.


Escrito por Jon Krakauer, e publicado no Brasil em 2003, pela Companhia das Letras, o livro esmiúça a fronteira entre crença religiosa e fanatismo criminoso a partir da análise de uma vertente fundamentalista do Mormonismo, única religião genuinamente norte-americana.

A leitura é muito séria e qualificada. Não se prendendo a abstrações sobre laicidade, parte de casos reais práticas fanáticas para discutir o limite para o tolerável em termos de uma sociedade democrática e de Direito.

Serve para pensarmos sobre a situação brasileira, no que concerne aos neoprotestantismos mais fundamentalistas e até mesmo agressivos, cujos protagonistas se movem, principalmente no campo político e midiático, em nome de uma crença que justifica atos antissociais.

sábado, 6 de junho de 2015

Livros para Libertação #76: BELA BADERNA

Vamos aprender a nos manifestar contra os poderes instituídos de forma mais estratégica? Então lhes sugiro hoje a leitura de BELA BADERNA: Ferramentas para Revolução.


Escrito tanto para ativistas de longa data quanto para os novos neste Buzú, este livro organizado por Andrew Boyd e Dave Oswald Mitchell, foi publicado no Brasil em 2013, pelas Edições Ideal, de São Bernardo do Campo, São Paulo.

Sistema político, sistema religioso, sistema educacional, sistema familiar. Eis as expressões hegemônicas do status quo que esta ferramenta que orienta para a revolução (qualquer uma) nos orienta a refletir a respeito e criar novas formas de intervenção.

O prefácio é da querida Marília Moschkovich. E como ela escreveu na publicação, boa leitura revolução!

sexta-feira, 5 de junho de 2015

UMA HISTÓRIA DE EXU

VOU LHES CONTAR UMA HISTÓRIA DE EXU, dono das encruzilhadas, responsável pela guarda das passagens, aquele que abre e fecha caminhos, para nos ajudar a refletir sobre autenticidade e espontaneidade, nesta vida feita de uma riquíssima e bela diversidade, tão insistentemente negada pela cabeça e pelo coração de tanta gente.

Ah, na língua Iorubá, Exu quer dizer "esfera", o que não tem começo nem fim.

*

O GALO PRETO

Exu andava pelo mundo em busca de novidades. Vivia entediado e a falta de criatividade dos seres vivos o deixava profundamente irritado.

 - Tudo sempre igual... - pensava com seus botões. - ...Ninguém inventa ou modifica nada. Que tédio!
Assim, observou que a noite se aproximava e, junto dela, a ameaça de uma tempestade. Resolveu, então, buscar abrigo numa casa à beira da estrada.

Batendo à porta, foi recebido por um animal peludo ao qual perguntou:

 - Como te chamas?

 - Macaco!

 - E teu pai, como é chamado?

 - Macaco!

 - Tua mãe?

 - Macaca!

 - Teus irmãos?

 - Todos, Macacos!

Exu virou as costas e afastou-se sem dizer mais nada. Não iria passar a noite numa casa onde todos os habitantes tinha o mesmíssimo nome, o que para ele, representava a mais absoluta prova de falta de imaginação. E Exu jamais gostou de gente ou animal obtuso.

Logo adiante encontrou outra casa e, batendo à porta, foi recebido por outro animal.

 - Boa tarde! Ando em busca de abrigo para proteger-me da tempestade que se aproxima, mas antes preciso saber o teu nome - disse Exu cheio de autoridade.

 - Eu me chamo Elefante - respondeu o morador.

 - E teu pai? - perguntou o visitante.

 - Elefante, como eu!

 - Tua mãe?

 - Elefante também!

 - Teus irmãos?

 - São em número de três e chamam-se Elefante, Elefante e Elefante.

 - Ora bolas! - resmungou Exu enquanto se afastava sem se despedir.

Mais alguns passos e Exu encontrou outra casa, onde foi recebido por uma pequena ave de plumagem inteiramente negra.

 - Olá! Sou Exu e ando em busca de abrigo mas, antes de tudo, preciso saber teu nome.

 - Me chamam Galo Preto! - respondeu o morador.

 - E tua mulher?

 - Galinha.

 - Teus filhos?

 - Isto depende de suas idades - explicou o dono da casa. - Os mais velhos são frangos e frangas, os mais novos são pintos e os menores são chamados pintinhos!

Encantado com a resposta, Exu resolveu pernoitar naquela casa e graças a este fato adquiriu grande admiração pelo galo preto, que, ainda hoje, considera o seu animal favorito.

*

LAROIÊ EXU! EXU MOJUBÁ!
(Mensageiro Exu! Exu, meu respeito!)

Você pode conhecer esta e outras histórias do Orixá Exu no delicioso livro LENDAS DE EXU, de Adilson Martins, publicado pela Pallas Editora​, do Rio de Janeiro: http://www.pallaseditora.com.br

AXÉ!


terça-feira, 2 de junho de 2015

XI Colóquio Nacional Representações de Gênero e de Sexualidades


De amanhã, quarta-feira, 3 de junho, até 5 de junho, ocorrerá em Campina Grande, Paraíba, o XI CONAGES - Colóquio Nacional Representações de Gênero e de Sexualidades.

Realizado pelo Centro Multidisciplinar de Estudos e Pesquisas (CEMEP), o evento discutirá conflitos, problemas e, principalmente, alternativas para este campo de conhecimento, centrando as abordagens no e a partir de contextos educacionais.

O objetivo é situar os participantes do Colóquio quanto às transformações pelas quais sujeitos e esferas sociais têm passado e tornado as pessoas mais conscientes de si e das demais com quem compartilham espaços, posições, afetos.

No dia 4 de junho, quinta-feira, das 8h às 9h30, participarei da mesa redonda "Produção do conhecimento sobre gênero e sexualidades: interfaces e diálogos epistemológicos".

Conheça a programação completa em http://www.generoesexualidade.com.br/manuais/programacao.pdf

Maiores informações sobre o evento em http://www.generoesexualidade.com.br e no grupo do evento no Facebook: https://www.facebook.com/pages/XI-Col%C3%B3quio-Nacional-Representa%C3%A7%C3%B5es-de-G%C3%AAnero-e-de-Sexualidades/858753787516544

Dia Internacional das Trabalhadoras Sexuais

2 de junho, DIA INTERNACIONAL DAS TRABALHADORAS SEXUAIS

#LeiGabrielaLeiteJÁ! #PutaDei

Não confunda trabalho sexual com exploração sexual.

POR QUE REGULAMENTAR A PROSTITUIÇÃO COMO UMA FORMA DE TRABALHO?

Abaixo seguem imagens criadas pela RedTraSex (Red de Trabajadoras Sexuales de Latinoamérica y El Caribe), disponíveis originalmente em http://www.redtrasex.org/2-de-junio-Dia-Internacional-de-la-1972.html



1) Porque se trata de um trabalho realizado por AUTODETERMINAÇÃO

2) Para que se garanta às/aos trabalhadoras/es sexuais o direito à IGUALDADE E À NÃO-DISCRIMINAÇÃO NO TRABALHO

3) Para que as/os profissionais do sexo possam exercer o DIREITO AO TRABALHO

4) Para que as/os trabalhadoras/es sexuais NÃO CONTINUEM SENDO VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA EM FUNÇÃO DO SEU TRABALHO

5) Para que as/os profissionais do sexo NÃO CONTINUEM SOFRENDO AS CONSEQUÊNCIAS DA AUSÊNCIA DE REGULAMENTAÇÃO


Conheça o Projeto de Lei 4.211/2012, conhecido como Lei Gabriela Leite, (Quem foi Gabriela Leite? Clique aqui e aqui para saber) que regulamenta a atividade dos profissionais do sexo:
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1012829