terça-feira, 17 de janeiro de 2017

O QUE FAZER (E O QUE NÃO FAZER) AO PRESENCIAR UM ATO DE TRANSFOBIA?*

Independente de sua identidade de gênero (se você é cis ou trans), está lá você na rua e de repente vê uma pessoa sendo violentada (assediada, insultada ou agredida) por ser trans.

O que fazer (e o que não fazer), tentando garantir ao máximo a sua segurança e a dela?

FAÇA

1) Avalie o entorno:
* Há pessoas próximas que possam ajudar? Chame-as!
* Confira se você e a pessoa ameaçada podem se deslocar para um local mais seguro.

2) Torne sua presença conhecida:
* Faça contato visual com a pessoa sendo assediada e, se possível, sinalize se ela precisa de ajuda;
* Tente se mover próximo(a) à pessoa ameaçada. Caso sinta que é arriscado, mantenha alguma distância, porém mantenha-se visível.

3) Tente averiguar se a pessoa realmente precisa de ajuda:
* Pergunte, por exemplo: "Você precisa de ajuda?", "Ele está te ameaçando?", "Você quer que ele te deixe em paz?";
* Respeite se a pessoa assediada demonstrar que está resistindo do jeito dela, não a tutele!
* Pergunte à pessoa ameaçada se você pode gravar o que está acontecendo;
* Siga a pessoa após o incidente e pergunte se ela precisa de ajuda.

NÃO FAÇA

1) NADA:
* O SEU SILÊNCIO É CONIVENTE COM A VIOLÊNCIA! É uma forma indireta de apoio à transfobia, porque demonstra ao agressor que a vítima está isolada, por isso é perigoso!
* Se você estiver nervosa(o) demais para falar algo, mova-se e olhe para a pessoa ameaçada tentando se comunicar com seu corpo.

2) Não fale, nem aja, como se fosse policial, se você não for!

3) Não piore a situação, criando embates diretos com o agressor. Ele pode ficar mais agressivo.

Se você considera que são necessárias outras ações, ou que haja alguma orientação incorreta, argumente nos comentários.

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* Adaptei, tentando considerar a realidade brasileira, de "Do's and Don'ts for Bystander Intervention", disponível em: http://tinyurl.com/zfy4z3s

Bandeira do Orgulho Trans

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