Eis um livro técnico que não se prende às linguagens tradicionais do gênero, e convida o(a) leitor(a) a sentir-se mais próximo(a) do drama em questão do que o habitual: PERDI UM JEITO DE SORRIR QUE EU TINHA: Violência, assédio moral e servidão voluntária no trabalho.
Este livro de João Batista Ferreira, publicado pela 7Letras do Rio de Janeiro em 2009, com prefácio de nossa mestra nas reflexões "enfrentativas" sobre o prazer e o sofrimento no trabalho, Ana Magnólia Mendes, parte da cultura contemporânea para pensar o trabalho hoje, sua perda de sentido para os sujeitos, patologizado na forma do assédio moral, da servidão voluntária e de outras violências inominadas, silenciadas ou muito faladas, porém pouco denunciadas.
As falas dos trabalhadores surgem e apontam para as estratégias de defesa, bem sucedidas ou não, para sobreviver e tentar viver no mundo organizacional das aparências e do individualismo imobilizante.
A obra mobiliza bastante quem a lê, e como livro técnico, reitero, tem essa qualidade de não nos preservar na segura mas falaciosa posição de observadores imparciais do caos que nos cerca.
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