Sob as Pontes Costa e Silva mora um tirano:
Onde o rio cruza o mar, e artifícios imperam.
No quarto escuro que nome jamais terá,
Longe de inocentes que ambicionam amparo.
Tempo que, sendo muitos, repete um decreto.
Quando reiterar é exercício de poder;
Antes de ser quem é, pretendendo-se doce,
Depois embalando uma criança que padece.
Não bate no concreto uma paixão qualquer.
Negando pra si mesmo um coração encontra
Nada além do que quer, e de seu todo cacos.
Tudo que o ditador navega está ancorado,
Afirmando o vazio de tamanha conquista.
Sim, nestas pontes o chão permanece inculto.
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