POR LUIZA DAMÉ E CATARINA ALENCASTRO
Números do Datafolha - Editoria de arte
RIO e SÃO PAULO - Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira mostra que 62% dos brasileiros consideram a gestão da presidente Dilma Rousseff como ruim ou péssima. A impopularidade de Dilma subiu 18 pontos comparada ao levantamento anterior do instituto em fevereiro.
Apenas 13% classificam o governo de Dilma como ótimo ou bom, uma queda de de dez pontos em relação à pesquisa anterior.
A pesquisa foi feita com 2.842 eleitores logo após as manifestações contra Dilma no domingo. O levantamento, que tem dois pontos percentuais de margem de erro, mostra a deterioração da popularidade de Dilma em todos os segmentos sociais e em todos as regiões do país.As taxas mais altas de rejeição da presidente estão nas regiões Centro-oeste (75%) e Sudeste (66%), nos municípios com mais de 200 mil habitantes (66%), entre os eleitores com escolaridade média (66%) e no grupo dos que têm renda mensal familiar de 2 a 5 salários mínimos (66%). A maior taxa de aprovação está na região Norte, com 21%. No Nordeste, 16% dos seus habitantes aprovam o governo de Dilma.
A presidente obteve nota 3,7, a pior desde a chegada de Dilma à Presidência, em 2011. Em fevereiro a nota média era 4,8. No primeiro mandato, a pior média foi 5,6, em junho e julho de 2014.
Antes de participar da solenidade de lançamento do plano anticorrupção, nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto, o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, afirmou que a queda de popularidade de Dilma era previsível. Para Berzoini, neste momento, é preciso ter calma e tranquilidade.
- Era previsível (a queda na popularidade) em razão do momento político - disse o ministro, acrescentando que é preciso ter "calma e tranquilidade".
PARA 60%, ECONOMIA VAI PIORAR
O pessimismo econômico também foi abordado pela pesquisa e a expectativa com a situação do país é a pior desde 1997. Para 60%, a situação da economia vai piorar. Em fevereiro, a percepção de que a situação econômica iria piorar nos próximos meses chegava a 55%.Segundo o Datafolha, 69% acreditam que o desemprego deve aumentar, mas 61% pensam não correr risco de demissão. A expectativa para a maioria, 77%, é que a inflação aumentará.
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