A Questão Agrária I: o debate tradicional - 1500-1900, de 2005, aborda autores clássicos, como Caio Prado Júnior e Nelson Werneck Sodré, debruçando-se sobre as relações sociais e econômicas desde a Colônia.
Vale ler, nos Anexos, o texto da Lei de Terras nº 601, de 18 de setembro de 1850, que se tornou um dos fundamentos legais para a criação de obstáculos ao acesso da população negra à posse da terra, com seus efeitos nefastos sendo sentidos até hoje.
A Questão Agrária II: o debate na esquerda - 1960-1980, da mesma data, aprofunda a discussão ao apresentar as pesquisas e hipóteses levantadas por autores identificados com as esquerdas, no polêmico período que abrange os primórdios e os estertores da ditadura militar mais recente.
Neste volume são considerados autores como Octavio Ianni e Jacob Gorender, muito bem conhecidos por quem estuda a realidade laboral de nosso país e suas dimensões sócio-identitárias.
Em particular, recomendo a leitura, nos Anexos, da inestimável Carta de Reivindicação dos Escravos Rebelados do Engenho Santana, Ilhéus-BA, um tratado de paz redigido por trabalhadores escravizados, ao proprietário de um engenho, em 1789, propondo a negociação de condições aceitáveis de trabalho.
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