sábado, 26 de outubro de 2013

Os Gêmeos Enganam a Morte

Imagem extraída de: http://www.genuinaumbanda.com.br/temas_variados/cosmeedamiao.htm. Quem souber o nome do(a) autor(a), favor informar para que eu possa indicar.
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Pra quem acha que J. K. Rowling foi originalíssima ao criar a história das Relíquias da Morte para seu Harry Potter, reconto uma lenda africana sobre os Ibejis, os gêmeos Taiwo (O que sentiu o primeiro gosto da vida) e Kainde (O que demorou a sair), contada por Ademir Barbosa Júnior no livro O Essencial do Candomblé (São Paulo: Universo dos Livros, 2011, p. 61-62):
OS GÊMEOS ENGANAM A MORTE
Os gêmeos, filhos de Xangô e Oxum, adoravam brincar e se divertir. Tinham predileção por tocar seus tambores mágicos, presentes de Iemanjá, a mãe adotiva.
Por esse tempo, Icu, a Morte, havia colocado armadilhas por todo o caminho, armadilhas que ninguém conseguia desarmar. E as pessoas morriam, morriam.
Os Ibejis decidiram derrotar a Morte, e andaram por um caminho no qual ela havia posto uma armadilha. Um foi pela trilha, e o outro ficou escondido na mata. Aquele que seguia pela trilha tocava o tambor mágico. A Morte adorou e o avisou da armadilha, poupando-lhe a vida. E a Morte dançava.
Quando se cansou, um gêmeo trocou de lugar com o outro e prosseguiu com a música. E a Morte dançava.
Ao longo do tempo e do caminho, o tambor não parava. A Morte foi se cansando, mas não conseguia interromper a dança. Pediu para que a música parasse. Os Ibejis, então, disseram que parariam a música, desde que a Morte retirasse as armadilhas. Ela concordou.
Assim, os Ibejis venceram Icu, a Morte.
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Oni Ibejada!

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