Passeata dos 100 Mil, 1968.
Fonte: http://feab.wordpress.com/2009/12/03/a-une-as-fraudes-e-a-criminalizacao-dos-movimentos-sociais
A relação dos movimentos sociais com a constituição psicossocial dos seus participantes, como integrantes de uma coletividade, é expressa no reconhecimento público das identidades coletivas que ali se visibilizam, e se reflete no própria percepção dos participantes quanto à mobilização e a si mesmos, de modo que os movimentos sociais apresentam a capacidade de:
produzir novas formas de pertencimento grupal (implicação emocional dos envolvidos), e a ampliação das redes de relações intra e inter grupos. Não obstante, as transformações operadas nessa dimensão vão influenciar aspectos mais estruturais do cotidiano desses grupos e no imaginário deste segmento social (Machado & Prado, 2009, p. 1).Considerando-se que um movimento social tem repercussões psicossociais, o seu sucesso não depende de tamanho, organização, qualidade da liderança ou sofisticação, mas da sua capacidade de expressar sentimentos, ressentimentos, preocupações, temores, ânsias e esperanças da coletividade que ele agrega, e do quanto pode ser visto como veículo para solução de problemas generalizados (Milgram & Toch, 1969).
Em uma perspectiva psicossocial, considera-se que as pessoas se organizam em grupos e protestam em nome de uma causa comum, muitas vezes sacrificando seu conforto pessoal, por várias razões, que podem estar fundamentadas em diferentes fatores, entre eles: sentimento de injustiça, eficácia de grupo, identidade social e afetividade" (Jesus, 2012, p. 168-169).
Jesus, J. G. (2012). Psicologia social e movimentos sociais: uma revisão contextualizada. Psicologia e Saber Social, 1(2), 163-186. Disponível em http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/psi-sabersocial/article/view/4897/3620
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