domingo, 31 de março de 2013

QUEM LIBERTA QUEM? Percepções de Libertadores de Escravos no Brasil Contemporâneo

É com extrema satisfação que informo que meu artigo "QUEM LIBERTA QUEM? Percepções de Libertadores de escravos no Brasil Contemporâneo", acaba de ser publicado pela Revista Psicologia Argumento, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR, que desde 1982 vem divulgando pesquisas e novos estudos com o intuito de colaborar com a atuação e formação dos psicólogos e demais profissionais das áreas afins.
Conforme define a Profª Drª Elizabeth Carvalho da Veiga, Editora-chefe da Psicologia Argumento, o artigo "investigou o campo representacional, as percepções sobre a organização do trabalho e as vivências de prazer e de sofrimento sob o prisma da Psicodinâmica do Trabalho, de pessoas que, em diversas frentes, trabalham para a libertação de escravos no Brasil contemporâneo. Os resultados indicam que as vivências de sofrimento prevaleceram. A expectativa de libertação do outro é importante para o trabalho do libertador, e a manutenção da saúde psíquica do libertador é influenciada pela percepção de uma sociedade que liberta pessoas, de modo que ocorre uma libertação do libertador quando este percebe a liberdade de outros" (Editorial, p. 9).
QUEM LIBERTA QUEM? Percepções de Libertadores de escravos no Brasil Contemporâneo, encontra-se disponível pelo link http://www2.pucpr.br/reol/index.php/PA?dd1=7618&dd99=view.
Abaixo seguem o resumo e o abstract do artigo.
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QUEM LIBERTA QUEM? Percepções de Libertadores de escravos no Brasil Contemporâneo
Who frees who? Perceptions of liberators of slaves in contemporary Brazil
Jaqueline Gomes de Jesus
Doutora em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações pelo Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF - Brasil.
Resumo
A escravidão é um tipo de exploração da mão de obra que faz parte do mundo do trabalho desde a Antiguidade. Nos tempos atuais, diferentes organizações têm identificado e combatido a existência de trabalho escravo no Brasil, em especial em zonas rurais isoladas das Regiões Norte e Nordeste do país. A presente pesquisa investigou o campo representacional, as percepções sobre a organização do trabalho e as vivências de prazer e de sofrimento, sob o prisma da Psicodinâmica do Trabalho, de pessoas que, em diversas frentes, trabalham para a libertação de escravos no Brasil contemporâneo. A metodologia utilizada abrangeu entrevistas semiestruturadas aplicadas a dez respondentes e submetidas à análise de conteúdo temático. Os resultados indicam que as vivências de sofrimento prevaleceram. A expectativa de libertação do outro é importante para o trabalho do libertador, e a manutenção da saúde psíquica do libertador é influenciada pela percepção de uma sociedade que liberta pessoas, de modo que ocorre uma libertação do libertador quando este percebe a liberdade de outros.
Palavras-chave: Escravidão. Psicodinâmica do trabalho. Organização do trabalho. Prazer. Sofrimento.
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Abstract
Slavery is a kind of exploitation of manpower that is part of the world of work since Antiquity. Nowadays, different organizations have identified and fought the existence of slave labor in Brazil, especially in isolated rural areas of the Northern and Northeastern Regions of this country.The present research investigated the representational field, the perceptions about the organization of work and the experiences of pleasure and of suffering, from the perspective of the Psychodynamics of Work, of people who, in several fronts, work for the liberation of slaves incontemporary Brazil. The used methodology included semi-structured interviews applied to ten respondents and subjected to thematic content analysis. The results indicate that the experiences of suffering prevailed. The expectation of release of the other is important for the work of the liberator, and the maintenance of the psychical health of the liberator is influenced by the perception of a society that frees people, so that a release of the liberator occurs when it perceives thefreedom of others.
Keywords: Slavery. Psychodynamics of work. Organization of work. Pleasure. Suffering.
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