sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

OFICINA DE GRAFITE PARA PESSOAS TRANS COM OZI


Ozi, um dos pioneiros do grafite no Brasil (a imagem acima é de uma obra dele), ministrará oficina na Caixa Cultural de Brasília, 6 e 7 de janeiro, das 14h às 18h, sobre gênero na arte urbana, a partir do conteúdo técnico do grafite.

O público-alvo é de jovens trans entre 16 e 25 anos.

Interessad@s devem enviar seus dados (nome social ou civil retificado, número do RG e idade) para: mmon.monteiro@gmail.com

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

HABEMUS ODARA!


Por que ODARA?

No sânscrito, denomina o que é elevado.
Em Iorubá, significa beleza.
No Candomblé, é uma das qualidades do Orixá Exu, senhor dos caminhos e da comunicação: um guardião de saberes.
Popularmente, refere-se ao que é bom e belo.
Entendendo a cultura brasileira como uma encruzilhada de saberes e fazeres ancestrais e contemporâneos, o "ODARA - Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Cultura, Identidade e Diversidade"  se propõe a agregar ideias portadoras de futuro, a fim de promover investigações e propostas de intervenção nas organizações que aprendem, considerando os corpos em suas possibilidades na cultura das aparências. É nessa conjuntura que, ao conjugar cultura, identidade e diversidade, objetiva-se fomentar, em um ambiente complexo, a inclusão de pessoas oriundas de diferentes grupos sociais.

Temos 3 linhas de pesquisa:

Corpo e Cultura
Educação e Diversidade
Trabalho e Diversidade

4 professores orientadores:

Cláudio Vaz Torres (UnB)
Jaqueline Gomes de Jesus (IFRJ)
Thiago Ranniery Moreira de Oliveira (UFRJ) 
Vivian Martins Lopes de Souza (IFRJ)

E 2 técnicas:

Raquel Trindade Andrade (Assistente Social - IFRJ)
Virna Mac-Cord Catão (Pedagoga - IFRJ)

Em breve divulgaremos informações sobre os encontros virtuais e, quando viável, os presenciais.

E no mais...
"Deixa eu dançar
Pro meu corpo ficar odara
Minha cara
Minha cuca ficar odara
Deixa eu cantar
Que é pro mundo ficar odara
Pra ficar tudo joia rara
Qualquer coisa que se sonhara
Canto e danço que dará"!
(Odara, de Caetano Veloso)

domingo, 18 de dezembro de 2016

sábado, 17 de dezembro de 2016

Carta de Agradecimento pelo Prêmio Rio Sem Homofobia

Surpresa define o meu dia. Gratidão define o meu sentimento.

O Prêmio Rio Sem Homofobia, que recebi nesta sexta-feira, 16 de dezembro de 2016, do Programa Rio sem Homofobia, coordenado pela Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos - SuperDir da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos - SEASDH do Governo do Estado do Rio de Janeiro, é um sopro de vida.

Eu o ganho de um órgão que tem salvado vidas, ao longo de um trabalho sério e apaixonado de décadas, capitaneado pelo extraordinário Cláudio Nascimento. Apesar de tudo o que tem feito, os seus esmerados trabalhadores-militantes têm sofrido com as repercussões da crise do Estado; e o Programa corre riscos na sua permanência qualificada, ante às chocantes propostas de mudança institucional.

Precisamos defender o Rio sem Homofobia, a SuperDir, a SEASDH! Não são apenas ideais que estão sendo ameaçados, são seres humanos. Algumas vezes, nós trans perdemos a crença na histórica aliança política com os LGB e até nos irritamos profundamente (principalmente com relação ao eventual egocentrismo de homens homossexuais), mas são parcerias sérias e engrandecedoras como essas que nos reaproximam, que nos impulsionam a lutar não apenas pela nossa pauta própria, da livre vivência da identidade de gênero, mas também pela livre expressão da orientação sexual.

Quanto ao Prêmio, eu o devo aos alunos-professores que acreditaram em nossa proposta, à equipe do Rio Sem Homofobia, que nos apoiou integralmente, e aos colegas que se engajaram ativamente nesse desafio que foi implementar a edição 2016 do Curso Gênero e Diversidade na Escola: Joyce, Thaina, Elisa, Juliana, Geovani, Camila, Valdylane, Maria Luiza, Alexandre Nabor, Richarlls, Pedro Paulo, Valeria e Alexandre Bortolini. Ele só aconteceu por causa da força e dos sonhos de vocês!

Por ser quem sou, uma mulher negra e trans, eu poderia estar morta há muito tempo, e sequer ter sido enterrada. Estar viva já é uma vitória para mim.

Mulheres como eu, quando sobrevivemos ao ódio que nos violenta, aprendemos a amar muito a nós mesmas, a valorizar cada pequena conquista. Não canso de repetir que somos sim aves raras, especiais, ante a tudo que superamos para sermos minimamente felizes.

Eu tenho muito orgulho do povo do qual faço parte, da rica cultura sobre os nossos corpos que nos criamos, das nossas particularidades e diversidades. Nosso sentimento com relação às pessoas cisgêneras (as pessoas que não são trans), varia do medo à desconfiança e à raiva (por mais que a maioria de nós se relacione com pessoas cis), devido à forma cotidiana como nos agridem, insultam, menosprezam e exploram, ao nos transformarem em meros objetos sexuais e nos desumanizarem.

São momentos especiais como o que passei hoje que nos empoderam, mas também fazem acreditar que vocês, pessoas cis, podem se tornar mais humanos e amorosos.

Estou certa que ter recebido esse Prêmio pelo meu trabalho como professora, na formação de gente que multiplique a mensagem da valorização da diversidade humana, honra todas as pessoas trans e não-binárias. Travestis, homens trans e mulheres trans que são tão capazes quanto quaisquer outros seres humanos, apesar de invisibilizados e ridicularizados.

Aliás, eu também devo esse Prêmio ao apoio diuturno e ao amor incondicional - sim, sem verborragias - de um homem cisgênero, o meu marido João Zacharias Filho.

Estamos conseguindo educar homens e mulheres cis. Estamos conseguindo abalar o mundo de transfobia, cissexismo (sexismo específico contra pessoas trans) e tantas outras opressões, como o racismo, que vocês criaram com tanto esmero.

Sim, não fomos nós que fizemos isso tudo que lhes privilegia como gente, por mais que uns poucos de vocês reconheçam e repugnem essa ordem das coisas, mas estamos trabalhando na trans-formação das mentes e corações!

Eu falo por muitas porque elas falam por mim. Luz, Namastê, Shalom, Axé!

P.S.: terminei a noite picando frango (é verdade) pro almoço da Mostra que realizaremos neste sábado no Instituto Federal do Rio de Janeiro - Campus Belford Roxo, no qual nossos alunos apresentarão seus trabalhos finais em Ecodesign, em Produto Têxtil e de Moda e em Empreendedorismo e Gestão. A revolução também se faz na cozinha! Aliás, muitas começaram lá.






sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

PRÊMIO RIO SEM HOMOFOBIA


Acabei de ganhar o PRÊMIO RIO SEM HOMOFOBIA, do Programa Rio sem Homofobia, coordenado pela Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos - SuperDir da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos - SEASDH do Governo do Estado do Rio de Janeiro!!! 😍

Honra incalculável!!! Totalmente surpreendida e emocionada demais!!! MUITO OBRIGADA!!! 💖🏆

4,5% dos Jovens da Califórnia são Trans ou Não-Binários

Num mundo - não apenas Brasil - onde faltam informações básicas sobre a nossa população, o California Health Interview Survey 2015 (estudo demográfico da UCLA Center for Health Policy Research)  poderia servir de referencial mínimo para reflexões e trabalhos fundamentados.

Decorrente de parceria com o William Institute (UCLA School of Law), ele considerou, este ano, a categoria "identidade de gênero" e mediu o tamanho da população trans e da não-binária (estou adotando termo mais conhecido por aqui do que o comumente utilizado lá, "gender non-conforming"):

Em torno de 133.000 jovens californianos (12 a 17 anos) são trans ou não-binários (4,5% da população jovem); e em torno de 64.000 adultos (18 a 70 anos) são trans ou não-binários (0,25% da população).

Você pode solicitar informação mais detalhada, a partir da base de dados, em http://healthpolicy.ucla.edu/chis/data/Pages/GetCHISData.aspx

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

1ª MIPES - Mostra Interdisciplinar de Produtos e Serviços


1ª MIPES - Mostra Interdisciplinar de Produtos e Serviços
17/12, das 9h às 17h, no Instituto Federal do Rio de Janeiro - IFRJ Campus Belford Roxo
Maiores informações em https://www.facebook.com/events/1732546447072697

Nossa programação
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9h
Oficinas ministradas por estudantes do campus Belford Roxo
Crochê para iniciantes | Tereza Castro 
Customização de Roupas | Natalia de Andrade 
Fotografia de Produtos | Amauri Domicioli
Acolhimento dos Estudantes do Curso Técnico em Secretária Escolar (EaD)

11h
Mesa de abertura da 1ª MIPES
e aula inaugural do Curso Técnico em Secretaria Escolar (EAD)
Paulo Assis (Reitor - IFRJ)
Fábio Silva (Diretor do campus Belford Roxo) 
Denis Dautiman (Prefeito do Município de Belford Roxo)
Dilcéia Quintella (Secretária Municipal de Ciência e Tecnologia de Belford Roxo)
Vagner Turques (Secretário Municipal de Educação de Belford Roxo)

11h
Exibição de documentário da 1ª edição dos Cursos de Formação Inicial
e Continuada (FIC) do campus Belford Roxo

11:45h
Entrega das primeiras instalações do Campus Belford Roxo

12:15h
Intervalo

13h
Palestra: “Sustentabilidade e Desenvolvimento de Produtos” com as proprietárias
da Marca de Moda Sustentável Acorda Michelle Andrade e Luana Maria

14h às 16h
Mostra de produtos e a apresentação dos portfólios dos estudantes concluíntes dos Cursos FIC. Durante a Mostra os participantes e o público externo poderão adquirir os produtos e serviços elaborados pelso alunos

15h
Chá com Cultura e Arte
Lançamento do Projeto de Extensão Instituto da Terceira Idade

16h
Atividade Cultural de Encerramento


Organização
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Alda Coimbra
Barbara Friaça
Denise Loyola
Estevão Cristian
Fabio Soares da Silva
Fábio Silva
Gabriela Ribeiro
Jaqueline Gomes de Jesus
Milena Quattrer
Priscila Scovino
Raphael Argento
Raquel Trindade
Romilson
Thayron Rangel
Virna Catão
Welton Zonatti

domingo, 4 de dezembro de 2016

A Inevitável História de Letícia Diniz


Lembrei do precioso "A Inevitável História de Letícia Diniz", de Marcelo Pedreira.
Bela e triste história que sintetiza as vidas de milhares de travestis e mulheres trans Brasil afora.
Leia o livro ( http://www.saraiva.com.br/a-inevitavel-historia-de-leticia-diniz-1567968.html ). Veja o curta ( https://youtu.be/KIX-LS8K-Nc ). Quando possível assista a peça ( https://youtu.be/s4W3KFCXAJk ), essas fotos são dela. Vivo no aguardo do longa.



sábado, 3 de dezembro de 2016

Eu também me canso

Por mais que venha conquistando os meus sonhos, como trabalhar com o que me dá prazer e ter um marido que eu amo e que me faz sentir amada, de vez em quando eu também sinto tristeza e desolação.

Mas não posso esmorecer. Muita gente depende de mim.

Não financeiramente, mas intelectualmente e afetivamente - nesse estilo meio distante da internet, de textos e imagens (fixas ou em movimento) de carinho e reflexão, que porém conta bem mais do que se costuma imaginar.

Esse instrumento, a internet, tem-nos auxiliado - a nós que sonhamos com dias mais fraternos e equânimes - a salvar vidas!

Eu sou desse maravilhoso povo, humilhado e ofendido, e escolhi cuidar dessas pessoas que são violentadas diariamente.

Pessoas que de todas as formas são menosprezadas, insultadas, ridicularizadas, excluídas e feridas - quando não são assassinadas - e não têm onde nem com quem repousar do ódio e da estupidez que tenta nos exterminar ou nos tornar mortos em vida.

Sei que a minha persistência (ou melhor, teimosia) é necessária. Não posso desistir, em nome dos que não são considerados gente; dos que não têm seu gênero e nome reconhecidos; dos que, devido a sua aparência, ancestralidade e/ou identidade, não são tratados como cidadãos, como amigos, e em alguns casos, sequer como familiares.

O meu saber-fazer é ínfimo, nulo de poder. Microscópico. Implícito. Demorado. Porém ele tem alguma influência, além de que eu fiz dele o meu possível e a minha missão.

Eu não mudo condições de vida, e por mais que o meu trabalho intelectual vise informar e estimular empatia entre as pessoas, eu não mudo preconceitos do dia para a noite. Porém, Pelo quem sou e minhas ideias paridas da pesquisa e da reflexão, com suas palavras e imagens, que são o meu instrumento, faço parte de uma coletividade que nutre mentes e, eventualmente, corações.

O que eu planto pode não vingar, mas quando se desenvolve, alimenta sobreviventes e os fortalece.

No fim das contas, eu sou uma agricultora de futuros.

ESCREVENDO A DIVERSIDADE

Será em 9 de dezembro, sexta-feira, a partir das 19h, na Rua Senador Pompeu, 82 - Rio de Janeiro/RJ.


21ª Parada do Orgulho LGBT - Rio 2016 - 11 de dezembro

O tema desta edição da Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro é:

EU SOU MINHA IDENTIDADE DE GÊNERO 
Pela Aprovação da Lei João Nery - PL 5002/13 - Lei de Identidade de Gênero


Plágio de comentário no Facebook

Acreditem, uma pessoa copiou, ipsis litteris, um COMENTÁRIO, que fiz no meu mural no Facebook, sobre o fato de um Sex Shop ser meu seguidor no Instagram.
Gente, não copie comentários.
Além de ser um tanto absurdo, isso é triste, porque despersonaliza.
Nem é por questões de autoria, é falta de autenticidade para ser você mesmo.
Todos têm uma vida rica o suficiente para não precisar copiar os relatos da vida dos outros. Exercite sua escrita própria.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Comentarista de Mestrado em Estudos Socioculturais no México


Nesta sexta-feira, 2 de dezembro, serei comentarista (leitora externa) de dissertação de Mestrado em Estudos Socioculturais da Universidad Autónoma de Baja California, no México.

Até onde sei a transmissão não poderá ser aberta ao público. :( Uma pena. Vou consultá-los se haverá gravação.

Será das 15 as 17h, no horário de Brasília (das 9h às 11h, no horário do México).