quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Gestão Com Pessoas - Edição 2012

Estamos finalizando a programação da próxima edição do ciclo de palestras Gestão Com Pessoas. Aguardem!
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Economia Solidária: Seja expositor na Feira da Torre de TV

O Centro de apoio ao desenvolvimento tecnológico (CDT), da Universidade de Brasília - UnB abriu inscrições, até 16 de março, para seleção de ocupantes de boxes da Feira de artesanato da torre de TV.
A seleção é direcionada a cooperativas regularizadas e as propostas devem apresentar caráter de inovação e empreendedorismo.
Os grupos serão capacitados e a ocupação dos boxes ocorrerá até 23 de abril.
Site do CDT (clique aqui)
E-mail: atendimento@cdt.unb.br
Telefone: 3107-4100
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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Abandono e Acolhimento em um Hospital de Brasília

Como o coração humano pode ser sombrio e cruel... Chorei quando li...
Saiu no Correio Braziliense de hoje, 26/02/2012:
Filha adotiva de moradora do Lago Sul, mulher está internada há mais de três décadas no Hospital de Base do DF por conta de complicações no parto. Desde então, nunca recebeu a visita do marido e do filho, apesar de estar apta a se tratar em casa
O tempo, implacável, correu enquanto Karen Margareth de Oliveira não viu passar quase 33 anos de sua vida presa a um leito. Nesse período, ela não viu o filho. Nem o marido. Muito menos a cidade ao redor do edifício de 12 andares que se tornou a sua casa. Ou o sol e o céu encantadores de Brasília. Dentro da enfermaria 506, no sétimo pavimento do Hospital de Base do Distrito Federal, os dias parecem durar mais para essa mulher, diante de uma existência ignorada.
Os cabelos de Karen, antes castanhos-escuros, ganharam fios brancos. A pele se transformou em um mapa em que os traços são marcas da vida. A juventude foi embora sem se despedir. Recentemente, ela completou meio século de vida, sem a companhia de um familiar, o carinho do marido ou do filho, com quem conviveu apenas no primeiro ano da criança.
De pele clara e com 1,65m de altura, Karen recebe cuidados especiais da equipe do maior hospital público de Brasília, na ala da ginecologia, onde mora desde o início da internação, em estado semivegetativo. Ela pode ouvir, mas não enxerga. Reage com ruídos quando alguém lhe dirige a palavra. Parece reconhecer, pelo som da voz, os amigos mais íntimos: médicos, enfermeiros e assistentes sociais com os quais passou a conviver, sem ter escolha.
Em coma
O mundo de Karen se limita às paredes brancas da maior unidade de saúde da capital da República, onde deu entrada aos 19 anos, após complicações no nascimento do primeiro e único filho. Ela conviveu com o recém-nascido por poucos meses.
A separação teve início justamente após o parto, uma cesariana malfeita em um hospital particular de Brasília.
Por causa das fortes dores, familiares de Karen a transferiram para o Hospital de Base do DF sete dias após o procedimento. Ela deu entrada no centro clínico com um quadro de peritonite, a inflamação do peritônio, membrana que envolve os órgãos contidos na cavidade abdominal. A situação piorou e, na tarde de 7 de abril de 1979, ela teve de entrar novamente em uma sala cirúrgica para a retirada do útero.
No período de recuperação, feita no Hospital de Base do DF, os médicos detectaram uma fístula intestinal, uma comunicação anormal entre os órgãos. Karen precisou passar por nova intervenção para o fechamento da fístula, em 15 de outubro de 1979. Passado o efeito da anestesia, ela sofreu uma parada cardiorrespiratória e entrou em coma após a falta de oxigenação no cérebro.
Diante do quadro da paciente, um familiar, supostamente o pai do bebê, apareceu e o levou. Karen acabou na unidade de tratamento intensivo (UTI), onde permaneceu por mais de um mês. Nesse período, sob efeitos de sedativos, seus dias passaram em branco. Quando os médicos consideraram ter diminuído o risco de morte, eles mandaram levá-la à área de ginecologia e obstetrícia e, em seguida, ao quinto andar, onde funciona a ginecologia.
Depois de todo esse sofrimento e de tantas cirurgias, a moça sofreu atrofia nos membros inferiores e superiores, perdeu os movimentos e acabou impossibilitada de falar. Passou apenas a observar os movimentos de quem entrava e saía com frequência de seu quarto no hospital.
Abandono
Nas três décadas de internação, Karen de Oliveira não recebeu muitas visitas, nem flores, nem sequer uma carta, nem mesmo uma curta mensagem. Sabe-se apenas que a mulher era filha adotiva de uma família de classe média. A mãe morreu em 2008. Ela era a única que vez ou outra aparecia para ver Karen. Teria deixado herança significativa, incluindo uma casa no Lago Sul.
Familiares entraram na Justiça pedindo que o hospital público se responsabilizasse por Karen, direito que lhes foi concedido. Os bens dela passaram a ser administrados por um tutor, escolhido perante a lei. Mas ele jamais se interessou em levá-la para casa. Nem sequer procurou saber o estado de saúde da parente.
O pai do filho de Karen era um auxiliar de serviços gerais e mudou-se de Brasília para o Mato Grosso, com o bebê, segundo informações de antigos funcionários do serviço social do Hospital de Base do DF. Depois disso, há relatos de que o pai, com ajuda da família adotiva de Karen, tenha deixado o país, mudando-se para os Estados Unidos, onde estaria morando atualmente. Ninguém revela o nome do filho do casal.
O processo sobre o caso de Karen corre em segredo de Justiça. Por essa razão, os médicos responsáveis pela paciente se recusam a informar quem é o tutor. Limitam-se a dizer que ele se negou várias vezes a dar entrevistas e ameaçou processar a equipe do hospital se divulgassem qualquer detalhe. Por isso, todos pedem para ter a identidade preservada. O Correio teve autorização para ir ao andar da paciente e conversar com alguns profissionais, mas não pôde registrar imagens.
Acolhimento
Karen respira sem aparelhos. Come com ajuda de alguém, sem a necessidade de sonda. Precisa de colchão especial e de cuidados para evitar feridas na pele. Usa fraldas. Mas poderia estar em casa, de acordo com médicos. Vive no hospital apenas por causa do abandono da família. A equipe de profissionais de saúde e voluntários tenta preencher vazios. Cerca a paciente de cuidados e de carinhos.
Todo ano, em setembro, eles comemoram o aniversário dela. Fazem festa, enfeitam o quarto com balões e cantam parabéns. Zelam também pela aparência daquela que ganhou status de amiga. Pintam os cabelos da hoje senhora, cortam as suas unhas e cuidam das sobrancelhas. Karen se transformou em uma lenda no Hospital de Base do DF.
Outros pacientes acabam por saber da existência dela e pedem para conhecê-la. Alguns, após tratar-se ali, voltam só para visitá-la. “A história da Karen é muito comovente. Ela chegou com uma complicação de parto e nunca mais foi embora.
O mais triste é que ninguém jamais quis saber dela”, lamentou um dos médicos.
O prontuário de Karen tem centenas de páginas, acumuladas ao longo dos anos. No início, ela não falava, nem se movimentava. Hoje, consegue emitir sons incompreensíveis. Grita e abre os olhos. Mas não vê com clareza. Vive na escuridão. Suas condições mentais talvez não permitam lembranças do filho. O olhar triste, perdido em algum lugar dentro dela mesma, não permite desvendá-la. Cercada de mistérios, ela completará, daqui a seis meses, mais um ano da vida que não pôde viver.
Sem conexão
Na medicina, uma fístula é um canal patológico que cria uma comunicação entre duas vísceras ou entre uma víscera e a pele. Geralmente, é uma condição da doença, mas ela pode ser criada cirurgicamente por razões terapêuticas. Pode se desenvolver em várias partes do corpo.
Problemas
Um dos principais fatores para a complicação por anestesia é a falta de preparo pré-operatório, em que o responsável pela cirurgia deveria ajudar e preparar física e emocionalmente quem está prestes a passar pelo procedimento. A incidência desse tipo de complicação na população é de 0,2% a 0,4%. Ela é grave e tem grandes possibilidades de sequelas psicológicas e físicas.
Para saber mais
Do tamanho de um município
Se fosse uma cidade, o Hospital de Base do DF seria maior que um quarto dos municípios brasileiros, em população. Inaugurada em 12 de setembro de 1960, a unidade de saúde tem 12 andares e 52 mil metros quadrados de área construída. São 3,5 mil servidores. A cada ano, são realizados mais de 600 mil atendimentos apenas no pronto-socorro e no ambulatório. Servem-se 107.732 refeições todos os dias. Os médicos fazem em torno de 12 mil cirurgias por ano. No prédio, há 833 leitos e 200 banheiros. Quase 6 mil quilos de lençóis, roupas e toalhas são lavados diariamente. Dos 14 elevadores, quatro não estão em funcionamento. Só com a conta de luz são gastos mais de R$ 211 mil por mês. O gasto com água consome R$ 281 mil, e com telefone, R$ 24 mil. Pelo menos 250 voluntários atuam no local. A cada ano, 1,8 mil pessoas morrem no Hospital de Base do DF.
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Postagens Mais Lidas

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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Feira da Torre durante uma Chuva

Meu marido e eu frequentamos bastante a Feira da Torre de TV, um dos poucos locais que ele gosta em Brasília, apesar de falhas na infra-estrutura, como falta de:
1) Cobertura contra chuva em todos os boxes;
2) Mapas para orientação;
3) Organização nos estacionamentos; e
4) Caixas eletrônicos de quaisquer bancos.
Hoje choveu bastante. Enquanto esperava o chuvaréu passar, registrei duas imagens cotidianas. Esta é de um pombo se protegendo da tempestade embaixo de um banco:
Eu sempre tinha visto esse Ipê Amarelo, que fica ao lado de alguns boxes, mas não sabia que tinha sido plantado pela Dona Sarah Kubitschek, o aguaceiro me ajudou a prestar mais atenção ao entorno. Ao lado dele, sob um banco, como o pombo, fica uma placa informativa do fato, da Novacap:
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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Estado e Diversidade

Publicado no jornal Correio Braziliense, caderno de Opinião, em 13/02/2012.
Mudanças na sociedade demoram, e só acontecem quando há mobilização de quem pretende mudar algo.
Nos últimos anos testemunhamos a ascensão ao poder de pessoas oriundas de grupos sociais excluídos, mas não necessariamente de um número significativo de representantes de tais grupos. Um negro e uma mulher foram eleitos, respectivamente, presidentes dos Estados Unidos da América e do Brasil.
No Brasil, as mulheres conquistaram o direito de votar, com restrições, por meio do Código Eleitoral Provisório, de 24 de fevereiro de 1932, e sem restrições em 1946. Nos Estados Unidos, somente em 1965, com a promulgação da Lei dos Direitos Civis, foi garantido o direito de voto aos negros.
Essa distância de décadas entre o direito ao voto e a eleição para o cargo máximo da nação não é tão longa se pensada em termos de sociedades que definiram regras ou procedimentos em torno da exclusão de uma parcela de sua população.
O Estado, esse conjunto das instituições que controlam e administram o povo e que transcende os diferentes governos, busca organizar e controlar a nação por meio de vários mecanismos, porém aquele no qual se destaca, como ensinou o sociólogo Max Weber, é o do monopólio da violência legítima, que não se restringe apenas à força policial, também está presente na coerção inerente às Leis, que obrigam os cidadãos a cumprirem determinados deveres e lhes outorgam determinados direitos.
Ora, o Estado é uma entidade que não concorda plenamente com as individualidades, e que apesar de se relacionar e depender da sociedade, é diferente da sociedade que o sustenta. A sociedade muda, é flexível, feita de paixões e desejos. O Estado é rígido, pouco flexível, racional e burocratizado, seu objetivo é controlar a sociedade, organizá-la, para tentar legitimá-la como nação.
Não necessariamente o Estado representa todas as individualidades, pois como ensinou Marx, a luta de classes incorre em que os interesses de classes dominantes determinam as ações do Estado, que impõe às classes dominadas essa organização, perpetuando preconceitos e exploração.
O psicólogo social Serge Moscovici defende, por meio da Teoria das Minorias Ativas, que apesar do domínio de um grupo sobre o outro, o grupo marginalizado pode influenciar o grupo dominante, por meio de uma ação coletiva e organizada que envolva a difusão de novas ideias e concepções de mundos diferenciadas daquelas da maioria.
Penso, extrapolando as fronteiras entre a Psicologia Social e a Ciência Política, que essa teoria concorda com o pensamento de Antônio Gramsci, para quem, resumindo, a única forma de modificar as estruturas aí estabelecidas é conhecê-las e dentro delas fazer mudanças.
Pessoas e grupos que reflitam sobre a sua realidade e criem novas moralidades, por meio da demonstração intelectual à sociedade e da participação política, não necessariamente partidária, de que um Estado não une pessoas e classes, é crucial para se poder justificar, a médio e a longo prazos, reformas em Estados excludentes.
Essa ação coletiva é entendida, pelos psicólogos sociais Taylor e McKirnan, como o estágio mais avançado das relações entre grupos, e se define pelo aumento da consciência do grupo em desvantagem acerca da injustiça de sua condição, percepção que leva os membros desse grupo a reavaliarem a forma como se reconhecem e são reconhecidos, a buscarem identificar as suas particularidades e a inovar em suas estratégias de competição.
O compromisso que os agentes governamentais podem assumir no combate à discriminação e à violência contra grupos sociais não ocorre desassociado da mobilização desses grupos para influenciar o Estado.
Na realidade brasileira, ainda é um desafio estimular a participação política de alguns contingentes da população, para se formar um grupo consistente de atores sociais influentes. Educação e consciência de suas próprias características e carências poderão se tornar os instrumentos para que homens e mulheres, membros de grupos excluídos, mudem a visão que a sociedade tem deles, e para que se diversifiquem os papéis que a sociedade lhes reserva.
Esta é uma análise realista: quando falamos em mudanças sociais, o termo “longo prazo” pode se referir a séculos.
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Cold War

Janelle Monae - Cold War (clique no nome da cantora para ver o clipe).
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Atração e Repulsa: Convivendo com as Diferenças

Está confirmado! Como parte da programação das Boas-Vindas aos calouros da Universidade de Brasília - UnB, neste primeiro semestre de 2012, ministrarei a oficina Atração e Repulsa: Convivendo com as Diferenças.
O que é: Atividade orientada e interativa, de cunho teórico-prático, com uma hora de duração, sobre características básicas da atração e da repulsa interpessoal, contextualizadas em uma comunidade onde pessoas que vivenciam diferentes dimensões da diversidade se relacionam.
Data: 09/03/2012
Hora: 16h30
Local: Sala Papirus - Faculdade de Educação.
Número de vagas: 15 (quinze).
Sugestão de leitura: JESUS, Jaqueline Gomes de. Atração e repulsa interpessoal. In: TORRES, Cláudio Vaz; NEIVA, Elaine Rabelo (Orgs.), Psicologia social: principais temas e vertentes. Porto Alegre: ArtMed, 2011. pp. 238-249.
Daqui a pouco saem os fôlderes e repasso quaisquer novidades!
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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Gerações

GERAÇÕES
Jaqueline Gomes de Jesus
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Publicado no Correio Braziliense (clique aqui para ver).
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Não tenho filhos, mas adoro crianças.
Em minha formação como psicóloga não me aprofundei em desenvolvimento infantil, minhas pretensões eram unicamente profissionais, meu foco outro.
Nos últimos anos, compensando de forma manca essa falha, tenho refletido, lido e assistido diferentes fontes sobre como criar crianças felizes, o que me fez ver a forma como filhos têm sido criados por pais ultimamente, e me apavorei. É dispensável entrar em detalhes a respeito. Antes, darei um exemplo, a partir de uma experiência recente.
Voltando de avião a Brasília, de uma oficina que ministrei em Salvador, reservei a janela, como sempre faço quando é possível. Estava ocupada por uma garotinha entre 5 e 6 anos de idade. Disse-lhe, sorrindo, que aquele era meu assento. Ela se negou a sair. Perguntei-lhe sobre seu pai, ela não sabia onde estava. Logo, postei minha bolsa e algumas sacolas no banco do meio e me sentei no do corredor, aguardando o adulto.
Enquanto isso, a animadíssima menina me apresentou seu tablet, e as dezenas de fotos com efeitos especiais que tinha tirado: dela mesma, da mãe, do irmão e do pai. Algumas em momentos íntimos da família. Primeira lição: falta de privacidade e domínio tecnológico caminham juntos.
O pai chegou, e pediu, repito, pediu que sua filha saísse, o que me chamou a atenção. Ela não aceitou o pedido e ele deixou por isso mesmo, agradecendo-me pela indulgência de ceder meu lugar.
Fui condescendente, errei. Não foi a atitude correta para uma cidadã. Eu deveria ter reclamado que o pai retirasse a criança da poltrona que eu reservara, mas abri mão de meu direito para não desagradar a pequena que se divertia. Isso não foi bom para mim, para o pai, nem para ela. Como adulta, eu também era responsável pela garota, mas me eximi disso, culpando o pai por quaisquer problemas que adviessem, e não demoraram.
Mal decolamos, ela pediu para ir ao banheiro. Pacientemente arrumei minha bagagem para que eles passassem. Acho que o adulto notou o contratempo gerado, mas parecia continuar aceitando a normalidade da situação. Eles demoraram a voltar.
O pai tirou o tablet das mãos da menina para ler seus e-mails e alguns jornais. No meio da viagem começamos a conversar sobre a política local em Brasília, lembrando do episódio recente em que o diretor-chefe da Polícia Civil foi demitido por críticas ao governador.
Ele me revelou ser médico, e acusou os meios de comunicação da capital federal de, entre outras coisas, de não tratar bem a sua classe profissional.
O inesperado aconteceu. A menina tossiu seco e regurgitou sobre si mesma. O pai, assustado, acorreu com uma sacolinha de plástico e acionou o comissariado, que não podia atender porque passávamos por uma turbulência. Ele inquiria: “Por que não me avisou, filha”?
Tentei ajudar lhe dando mais sacos para vômito e papéis-toalha, enquanto ele trocava a blusinha. Quando a situação se acalmou, perguntei o que estava acontecendo com a garotinha. Ele me explicou que ela sempre tem náuseas quando viaja, de carro ou de avião.
Pensei: se ele sabia disso, e sendo médico, porque a deixou ficar na janela?
Daí por diante ela ficou muito triste e calada, e o pai incomodado. Pousamos, eu disse para a garotinha que ela melhoraria e me despedi dos dois.
Encontrei meu marido e comentei com ele sobre o ocorrido. Segunda lição: os pais orientam seus filhos, dentre outras razões, para protegê-los de decisões que possam prejudicá-los e a terceiros.
Refletindo sobre o episódio, nós nos perguntamos o quanto uma geração pode crescer sofrendo com amores permissivos. As crianças são inocentes, os adultos, não.
E não podemos só culpar os outros pelos erros, também temos de nos penitenciar pelas vezes em que não exigimos das autoridades que ajam conforme o papel que lhes cabe.
Isso tem tudo a ver com a politicagem praticada não apenas na Capital Federal. Precisamos amadurecer como cidadãos, parar de culpar “quem é de fora”, “os políticos” ou “a mídia” pelas mazelas da nossa sociedade, da comunidade. Também temos responsabilidade quando, para não desagradar, silenciamos.
Se quisermos um bom futuro para nossa cidade, precisamos atentar para como estamos cuidando e os exemplos que damos às gerações que desembarcarão depois de nós.
Termino a crônica compreendendo que a comecei com uma inverdade. Na vida em sociedade, todos nós temos filhos, somos mais ou menos responsáveis pelos adultos que eles se tornam. Filhos não são apenas os que geramos, mas também os que criamos.
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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Obrigada pelo Sucesso do Oficurso!

Muito obrigada a todas e a todos, especialmente aos monitores do ENUDS, que ajudaram para que o Oficurso Movimentos Sociais e Universidade pudesse ter sido realizado com um mínimo de infra-estrutura e total entusiasmo!
Obrigada também a toda a turma que, durante esses dois dias de leituras, dinâmicas e reflexões, esquentou nossas aulas com ideias, aplausos e muito afeto! Parabéns enudianas(os)!
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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Política é Sexy

Leitura rápida que fiz no vôo entre Salvador e Brasília.
Para ela, ações políticas têm de ser atrativas para estimular as pessoas a delas participarem. Vou procurar o livro dessa autora, sobre mobilizações sociais, para aprofundar meu entendimento sobre os seus pontos de vista.
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Paradigma e Novo Modelo

Ilustração da ideia inicial do Oficurso Movimentos Sociais e Universidade / Illustration of the initial idea of ​​the Workshop Social Movements and University: