De 32% até metade das pessoas trans já tentou suicídio.
Os principais fatores que acionaram os suicídios foram o término de relacionamentos amorosos, por parte dos parceiros (64.3%), e discussões graves com a família (14.3%).
São identificados como alguns dos mecanismos de proteção ao suicídio entre pessoas trans, ao nível psicológico: ter estilo de comunicação assertivo, metas pessoais para o futuro, perceber apoio da família; e ao nível social: emprego formal, fora da prostituição e da mendicância, e maior escolarização.
Como políticas públicas de prevenção ao suicídio de pessoas trans, recomenda-se: a criação de centro de atendimento em situações de crise, com aconselhamento, tratamento efetivo dos sintomas de desesperança e depressão e enfrentamento a comportamentos de risco, além de intervenções com foco na família, para aumentar o apoio familiar e reduzir a vitimização; linhas telefônicas de apoio; campanhas de alerta à comunidade trans sobre a necessidade de prestar atenção ao problema do suicídio.
Diminuição das taxas de crimes de ódio contra pessoas trans, aumento da aceitação social da comunidade trans e diminuição dos preconceitos sexistas que influem na transfobia são determinantes para a promoção da saúde mental e a redução do risco de suicídio entre pessoas trans.
Dados retirados deste artigo: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5178031
Lugar para percepções, ideias e análises a partir de uma visão pessoal, científica e profissional: uma janela, da minha perspectiva, para o mundo. ~o~ Place for perceptions, ideas and analysis from a personal, scientific and professional view: a window, from my perspective, to the world.
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
UM ESPELHO DAS HORAS
Jaqueline Gomes de Jesus
Você brilha e tem cheiro de possível,
Ó tardinha de verão amarela:
Rebate bronze nos apartamentos
Que me cobrem de lusco-fusco à cama.
Deita a rua nesta cama comigo.
Como você não é mais tarde pensa:
Quero ver os lençóis e o sono neles!
Eu porém já estou degustando praia.
Deuses sem nome observam e sussurram:
Já que é tarde, vive o sonho da flor,
Nutre para você uma consciência
Do perdão, porque nada vale guerras.
Vivo em casa, calçada, rua suja,
Metrô, van, terreno baldio, sala de aula.
Sou oferenda, conversamos, amo
O altar onde você me vê deitada.
Você brilha e tem cheiro de possível,
Ó tardinha de verão amarela:
Rebate bronze nos apartamentos
Que me cobrem de lusco-fusco à cama.
Deita a rua nesta cama comigo.
Como você não é mais tarde pensa:
Quero ver os lençóis e o sono neles!
Eu porém já estou degustando praia.
Deuses sem nome observam e sussurram:
Já que é tarde, vive o sonho da flor,
Nutre para você uma consciência
Do perdão, porque nada vale guerras.
Vivo em casa, calçada, rua suja,
Metrô, van, terreno baldio, sala de aula.
Sou oferenda, conversamos, amo
O altar onde você me vê deitada.
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
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