Essa prática é, a meu ver, detestável. Principalmente por ser incoerente com os discursos e produções textuais da candidatura de Marina Silva e Beto Albuquerque que defendiam a radicalização do debate sobre as políticas públicas, que contrapunham preconceitos e boatos com falas e artigos que valorizavam a diversidade humana, a cidadania e as identidades como um dos eixos transversais do projeto desse coletivo para o Poder Executivo brasileiro.
Por isso, RETIRO MEU APOIO A MARINA SILVA.
Não coaduno com campanhas que não mantém o seu discurso, ou que o flexibilizam, sem diálogo com aqueles que o construíram num conjunto, devido à pressão de grupos de poder ou determinados sujeitos de fala.
Reitero que precisamos seguir na luta para a mudança do quadro político atual, o qual é partícipe do processo deletério de fortalecimento do fundamentalismo em nosso país. Engana-se ou quer enganar quem afirma que serão aqueles que estão no atual comando da República que modificarão o status quo.
Com isso não estou afirmando que este ou aquele partido será protagonista de tal enfrentamento. Compreendo que o principal espaço para esse embate de ideias e práticas está nos movimentos sociais, que precisam se empoderar para transformarem a sua hoje significativa influência social em poder político efetivo.
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