sábado, 30 de julho de 2011

REPÚDIO À DU LOREN

NOTA PÚBLICA DE REPÚDIO DA ABGLT À DU LOREN


A notícia de que a indústria Du Loren pretende colocar o deputado federal Jair Bolsonaro como garoto-propaganda de uma linha de calcinhas traz inconformismo e revolta ao segmento de pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis), por se tratar de um político que usa seu ódio aos homossexuais como "vitrine" para conseguir espaço na mídia.


Para nossa decepção, parece-nos que a Du Loren também pretende enveredar pelo mesmo caminho das posturas infelizes do deputado: o de se valer da fragilidade social de milhões de brasileiros homossexuais para repercutir na mídia uma campanha publicitária de péssimo gosto.


Nossa indignação torna-se ainda maior quando se lê - conforme notícias publicadas pelo jornal 'O Globo' e pela revista 'Exame.Com' - que a Du Loren retirou a transexual Ariadne, para conseguir que o deputado Bolsonaro concorde em aparecer na campanha, onde ele dirá que "esse kit ele aprova" (referência ao "kit anti-homofobia", que está em discussão no Ministério da Educação).


Caso a Du Loren não saiba, o Kit Escola Sem Homofobia é uma ferramenta educativa do projeto Escola Sem Homofobia e foi construído exaustivamente por especialistas, com constante acompanhamento do Ministério da Educação, e com base em dados científicos. Peça fundamental, portanto, para ajudar a desconstruir o preconceito por parte de estudantes contra pessoas homossexuais.


O Kit é necessário, entre outras razões, porque as pesquisas mostram que em torno de 70% das pessoas LGBT já foram discriminados em algum momento da sua vida e 20% já sofreram violência física em função de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero. Com essa campanha a Du Loren estará colaborando para manter ou até piorar este quadro sombrio e para reforçar a linha de pensamento machista, racista e homofóbico do deputado Bolsonaro.


29 de julho de 2011

ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Easy to Love

Lady Day






Ouça e se delicie com/Hear and delight Easy to Love, na voz de Billie Holiday/on Billie Holiday´s voice.




Bom fim de semana! Nice weekend!




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JK: A Coragem da Ambição



O empresário Mário Garnero acaba de lançar o livro JK: A Coragem da Ambição, sobre momentos tensos e pouco conhecidos que o presidente Juscelino Kubischek passou às vésperas do Golpe de 64.


Maiores informações e vídeo sobre o livro podem ser vistos clicando aqui.

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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Acervo de Boal Levado para os EUA?

Augusto Boal


Polêmica: será que o Brasil passará pela vergonha de abandonar o acervo do teatrólogo Augusto Boal, criador do Teatro do Oprimido? Está sendo noticiado que ele pode ser enviado para a Universidade de Nova Iorque.

Alguma instituição pública ou privada brasileira tem interesse em manter esse material aqui? Alguma universidade brasileira levanta a mão aí? Banco ou até mesmo telefônica que têm lucrado muito com os brasileiros? Se não, é melhor ele ser preservado nos Estados Unidos.

Leia sobre essa discussão aqui e aqui.

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Brasília na Cabeça!

Ancelmo Gois


Leia no Blog do Ancelmo Gois de hoje:

Decisão do STJ sobre Furto de Carro em Universidades

Fonte da imagem aqui.

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De acordo com a jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Terceira Turma manteve a decisão do ministro Sidnei Beneti que condenou a Fundação Universidade do Vale do Itajaí (Univali), instituição particular de Santa Catarina, a ressarcir prejuízo à Tokio Marine Brasil Seguradora S/A. Depois de indenizar um aluno que teve o carro furtado, a seguradora entrou com ação regressiva de indenização contra a Univali. O furto aconteceu no estacionamento da universidade. O local era de uso gratuito e não havia controle da entrada e saída dos veículos. A vigilância não era específica para os carros, mas sim para zelar pelo patrimônio da universidade. O juízo de primeiro grau decidiu a favor da seguradora, porém o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) reformou a sentença. Consta do acórdão estadual que o estacionamento é oferecido apenas para a comodidade dos estudantes e funcionários, sem exploração comercial e sem controle de ingresso no local. Além disso, a mensalidade não engloba a vigilância dos veículos. Nesses termos, segundo o TJSC, a Univali não seria responsável pela segurança dos veículos, não havendo culpa nem o dever de ressarcir danos. Entretanto, a decisão difere da jurisprudência do STJ. Segundo a Súmula 130/STJ, "a empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorrido em seu estacionamento". O relator, ministro Sidnei Beneti, destacou que a gratuidade, a ausência de controle de entrada e saída e a inexistência de vigilância são irrelevantes. O uso do estacionamento gratuito como atrativo para a clientela caracteriza o contrato de depósito para guarda de veículos e determina a responsabilidade da empresa. Em relação às universidades públicas, o STJ entende que a responsabilidade por indenizar vítimas de furtos só se estabelece quando o estacionamento é dotado de vigilância especializada na guarda de veículos.

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quarta-feira, 27 de julho de 2011

“O Entorno Precisa Ser Visto Como Parte de Brasília”

De novo (já mostrei no blog) foto de Brasília vista do Espaço (NASA).


Acabo de ler uma excelente entrevista no Portal da UnB, com o professor Otto Ribas, da Universidade de Cornell, Estados Unidos, sobre o desenvolvimento urbano de Brasília.

Fiquei fascinada pela rara clareza de pensamento e pela noção precisa sobre o que é Brasília, como cidade, e o que ela pode ser, por isso faço questão de reproduzi-la abaixo.

Chega a ser um serviço de utilidade pública, ante a toda ignorância e desinformação que todo o dia presenciamos, quando se fala de Brasília, cidade polinucleada e segregada, como já disse o professor de geografia Aldo Paviani.


Henrique Bolgue
Da Secretaria de Comunicação da UnB

O professor Otto Ribas fala diariamente sobre Brasília nas salas de aula, laboratórios e corredores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, ele está como professor visitante no Departamento de Planejamento Urbano e Regional da Faculdade de Artes, Arquitetura e Urbanismo da instituição americana, considerada uma das melhores do mundo e localizada em uma capital, Albany, no estado de Nova York, que teve seu projeto inspirado em Brasília. Além da saudade dos familiares, ele usa exemplos de Brasília para adensar seu trabalho e apresentar desafios de desenvolvimento da capital brasileira aos americanos.

Otto tem uma longa história de relação com a cidade e com a UnB, onde se formou em Arquitetura e Urbanismo em 1981, fez mestrado na mesma área e doutorado em Desenvolvimento Sustentável. Sua linha de pesquisa trata do estudo comparado de gestão urbana entre os EUA e o Brasil. A pesquisa pretende avaliar metodologias e instrumentos de política urbana e ambiental e identificar novas ferramentas para construção da qualidade ambiental das áreas urbanas.

Para Otto, as desigualdades sociais dos municípios do Entorno do DF estão entre os principais empecilhos ao desenvolvimento da capital brasileira. “O Entorno precisa ser visto como parte da construção do desenvolvimento de Brasília”, diz. Outro desafio é a dicotomia entre expansão e adensamento urbano.

Segundo o pesquisador, para um território limitado em tamanho e de recursos ambientais escassos e frágeis, a solução é o adensamento. “Com isso otimizamos a infraestrutura já existente, como escolas e transporte, em vez de investir de novo, como acontece no setor Noroeste”. Para ele, falta uma política clara de planejamento e de habitação. “A atual política gerou muitos desequilíbrios sócio-ambientais. Falta gestão em Brasília”, diz.

Em entrevista ao UnBCiência, Otto traça um paralelo entre suas experiências na UnB e em Cornell. “A experiência multicultural é importante para qualquer profissão. O processo de globalização também é aplicável ao conhecimento, em especial à arquitetura, onde a cada dia novos materiais, novas idéias e novas técnicas construtivas são lançadas”.

UnBCiência: Você apresentou um trabalho sobre Brasília que fez muito sucesso na Universidade de Cornell. Como foi essa troca?
Otto Ribas:
Montei uma exposição no final do ano passado, sobre os 50 anos de Brasília, onde pude mostrar, por meio de fotografias, um panorama da nossa cidade, desde o conjunto de idéias, passando pelo processo de construção até os dias atuais. Juntamente com a exposição, montei um conjunto de palestras para mostrar a evolução urbana de Brasília, o que gerou muito interesse, tanto pelos alunos e professores de planejamento urbano, quanto pelos de arquitetura. A recepção e o apoio foram fantásticos. O tema sempre é tratado nas disciplinas curriculares do curso, assim como a urbanização da Índia e China. As principais inquietações dos alunos em relação à cidade estão relacionadas à preservação de Brasília, as desigualdades sócio-espaciais e as ações de planejamento adotadas.

UnBCiência: Quais as facilidades e as dificuldades de pesquisa em Cornell?
Otto: Tenho todo o suporte para o desenvolvimento de ensino e pesquisa. Tenho disponível uma sala, acesso à Xerox, aos laboratórios do Departamento, às instalações da faculdade e a todas as bibliotecas. As dificuldades ficam por conta da saudade dos amigos e da família, do pastel com caldo de cana da Rodoviária e da picanha ao ponto das churrascarias da cidade.

UnBCiência: Quais as práticas que poderiam ser incorporadas na UnB para melhorar o desempenho e a qualidade da pesquisa?
Otto: A idéia de se fazer uma associação de universidades, como a Ivy League, onde aconteça o intercâmbio de professores, alunos, pesquisa, informações, livros, é uma das práticas mais interessantes que vejo por aqui. Dessa associação participam as seguintes universidades, além de Cornell: Harvard, Princenton, Columbia, Yale, Pennsylvania, Brown e Darmouth. A Ivy League começou como uma liga esportiva de intercâmbio entre universidades, e hoje, ela permite intercâmbio temporário de professores e de alunos.

UnBCiência: Qual sua impressão sobre a pesquisa científica do Brasil em comparação com a pesquisa americana?
Otto:
A pesquisa no Brasil é totalmente dependente dos recursos públicos, enquanto aqui há participação de recursos públicos e também da iniciativa privada. No Brasil, certamente falta uma política pública que promova e incentive as parcerias entre as universidades e o setor produtivo brasileiro. As iniciativas que existem são isoladas. Um belo exemplo de iniciativa é a criação do Centro de Desenvolvimento Tecnológico da UnB que tem promovido a criação de sistemas empreendedores a partir da graduação.

UnBCiência: Em relação à Arquitetura, qual é a questão atual no meio acadêmico americano?
Otto:
As preocupações gerais das escolas de Arquitetura daqui, que são produzir espaços com qualidade e estimular a inovação tecnológica, não diferem muito do que se aprende no Brasil. As universidades têm investido bastante no ensino das chamadas green buldings (construções verdes). Tanto no que concerne à eficiência energética das edificações, como a preocupação com redução das emissões dos gases que promovem as mudanças climáticas. O interesse por Brasília e seu desenvolvimento é parte integrante de um programa da Universidade de Cornell. No verão daqui sempre há uma visita de alunos à Brasília, que geralmente são recepcionados pela Professora Lucia Cony, da Geografia, e supletivamente por mim e outros colegas da UnB.


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Experiências Inovadoras em Desenvolvimento de Pessoas

A Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão está selecionando experiências inovadoras, a serem apresentadas no II Encontro Nacional de Desenvolvimento de Pessoas, de 25 a 27 de outubro.


Maiores informações aqui.


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terça-feira, 26 de julho de 2011

As Identidades na Contemporaneidade

Fonte da foto aqui.


Assista a palestra do Professor Luiz Moita Lopes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sobre como as identidades sociais são construidas e transformadas na sociedade contemporânea:




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Oportunidade de Trabalho em Brasília

Operários, de Tarsila do Amaral.


A UNIPLAN-DF está procurando, com urgência, professores, no mínimo pós-graduados, para ministrar as seguintes disciplinas noturnas (das 19h às 22h):


GERENCIAMENTO DE PESSOAS - Segundas-feiras, em Taguatinga Norte

GESTÃO DE RECURSOS PATRIMONIAIS E LOGÍSTICOS - Segundas-feiras, na Asa Norte

DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS - Terças-feiras, em Taguatinga Norte

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO - Quartas-feiras, na Asa Norte

MERCADOLOGIA - Quintas-feiras, em Taguatinga Norte


Interessados devem enviar mensagem para o Coordenador Regional André de Medeiros, no e-mail andre@uniplan-tec.com.br, para maiores informações.


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Apoio ao Povo de Oslo / Support to Oslo People

À Memória das Vítimas / To the Memory of the Victims




Viva o Amor e a Paz / Live Love and Peace




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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Atitudes de Gestores frente ao Envelhecimento

Uma Senhora, foto: PaulinoTarraf.


Repasso a notícia para conhecimento:

O envelhecimento populacional representa um dos maiores desafios deste século. De acordo com o IBGE, em 2050, o contingente do grupo de idosos (60 anos ou mais) será similar ao de crianças (18% por grupo), em detrimento da população economicamente ativa. Na época, a expectativa de vida será de 81 anos, e teremos apenas três trabalhadores para cada aposentado. Diversas medidas precisam ser tomadas pelas organizações públicos e privados para que os recursos sejam suficientes para garantir o bem estar para esta população. Entretanto, poucas são as pesquisas desenvolvidas nesta temática.
Para preencher esta lacuna, o Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UNIVERSO, com a colaboração da Universidade de Brasília (UnB) e de outras Universidades brasileiras, está realizando uma pesquisa junto às organizações com mais de 200 empregados (públicas e privadas), em todo Brasil, com o objetivo de identificar as atitudes dos gestores de Recursos Humanos frente ao envelhecimento no contexto organizacional.

Caso o/a gestor/a de RH da organização
onde você trabalha tenha interesse em participar desta pesquisa, envie um e-mail para: suporte@sism.com.br para que ele/ela receba o questionário via e-mail.

Atenciosamente,

Lucia França
www.luciafrança.com
luciafranca@luciafranca.com

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Uma Cultura Transgênero

Quero aqui partilhar algumas reflexões sobre o que seria uma cultura transgênero, livre de subordinação às demais, autônoma, criativa e representativa do que as pessoas transexuais e travestis pensam e vivem.

Uma cultura transgênero pressupõe que homens e mulheres transgênero, e as pessoas que convivem com eles, partilhem de um conjunto de representações e práticas sociais, ambas fundamentadas em uma ideologia que, a partir do entendimento de que o gênero vai além do sexo, ou melhor, dos órgãos genitais, podem existir homens sem pênis, mulheres sem vagina.

O que importa, na definição do ser homem ou mulher, não são os cromossomos ou a conformação genital, mas a auto-percepção e a forma como a pessoa quer se expressar socialmente.


O que é ser uma pessoa transgênero? Vamos por partes.

Para mim, a resposta mais simples e completa que define as pessoas transexuais é da profa. Berenice Bento: mulher transexual é toda pessoa que reivindica o reconhecimento como mulher; homem transexual é toda pessoa que reivindica o reconhecimento como homem. Ao contrário do que alguns pensam, o que determina é a identidade, e não um procedimento cirúrgico. Assim, muitas pessas que hoje se consideram travestis seriam na verdade transexuais.

Entendo que somente são travestis as pessoas que vivenciam diferentes papéis de gênero mas não se reconhecem como homens ou como mulheres, entendendo-se como membros de um terceiro gênero ou de um não-gênero. Creio que também são pessoas transgênero.

Uma dúvida surge com relação aos crossdressers, que não buscam um reconhecimento de gênero (não são transexuais) e, apesar de vivenciarem diferentes papéis de gênero, sentem-se como pertencentes ao gênero que lhes foi atribuido ao nascimento (não são travestis). Seriam transgêneros?

Para pensar esse aspecto, recordo que drag queens/kings e transformistas vivenciam a transposição do gênero como espetáculo, não como identidade. Aproximam-se dos crossdressers pela funcionalidade do que fazem, e não das travestis e transexuais pela identidade.

Reflito, porém, que os dois aspectos cabem na dimensão transgênero, enquanto aspectos diferentes da condição: a vivência do gênero como identidade (transexuais e travestis) e a vivência do gênero como funcionalidade (crossdressers, drags e transformistas). Não há incoerência nisso, apenas se reconhece que, dentro da cultura transgênero, há diversidade de formas de viver o gênero.

Para mim, esses são os atores de uma cultura transgênero.

Este é um primeiro ponto. A partir dele é necessário, para a consolidação da cultura transgênero, uma aceitação social sobre essas pessoas, que deveria ocorrer em 3 níveis:

1) As pessoas transgênero se reconhecem como tais. Travestis, transexuais e outras pessoas que vivenciam a dimensão trans compartilham da ideologia de que eu falava acima. Isso ainda é frágil hoje, pois muitas pessoas trans estão ainda conformadas com as velhas e superadas concepções dimórficas (mulher=vagina; homem=pênis);

2) Os parceiros e amigos das pessoas trans também devem partilhar da ideologia que permite viver como homem ou mulher de acordo com a própria percepção e como se relaciona com outros, e não em função de uma parte do corpo ou da genética;

3) Visibilidade social. Não falo da exposição das vidas privadas, mas da existência de momentos e espaços especiais onde, eventualmente, as demandas das pessoas trans, seus parceiros e amigos se tornem visíveis para eles mesmos e para a sociedade em geral: campanhas, textos, vídeos, internet, debates, exposições... onde as mulhres e homens transgêneros falem de si, por si mesmos.

Com isso temos uma ideologia formada, certamente múltipla e com características regionais, sobre o que é ser transgênero.

Tentemos agora pensar quais seriam as representações e práticas sociais decorrentes dessa ideologia, com elas teremos uma cultura transgênero viva.

Precisamos valorizar as pessoas transgênero, como iguais às demais, porém únicas e com um rico universo de ideais e formas de ser.

Pode parecer tolo, mas, de alguma forma, precisamos do sentimento de "divindade" em nós. Não necessariamente acreditar em um(a) deus(a) ou deuses, mas sentir que temos uma História que remonta às antigas divindades, como o ovo primordial, de onde surge a vida sem limitações, que não tem sexo e tem todos, de onde surgem os seres hermafroditas, antigamente considerados deuses.

Faria muito bem às mulheres e homens trans, antes criminalizados e hoje inferiorizados e patologizados, saber que, em outras épocas, seriam tratados como deusas e deuses. Hoje são alvo de curiosidade, porém marginalizados; são objetos de desejo, porém excluidos.

Por fim, as pessoas transgêneros precisam de espaços que possam chamar de "nossos". Na falta de lojas, grupos, bares ou clubes de convivência para transgêneros e parceiros, como há nos Estados Unidos, por exemplo, os espaços virtuais surgem como uma alternativa de diálogo, troca de informações e, até mesmo, de formação de relacionamentos afetivos, sejam quais forem.

Isso mostraria para as pessoas transgênero que podem se amar e ser amadas, e não apenas usadas para entretenimento de outros. E mostrar à sociedade que têm sonhos, amigos, parentes, companheiros. Não são ilhas isoladas do mundo.

Enfim, Basta! Ser parte de uma cultura transgênero é ver o que nos ensinam ser nossos defeitos como o que nos humaniza, o que nos dizem ser uma doença como nossa forma de ser no mundo, e o que nos diminui aos seus olhos uma parte do que nos diviniza! Retomemos, por meio dessa cultura, o valor das pessoas transgênero.

Lembremos que transexuais e travestis são portadoras e portadores de experiências e sensações, de uma forma de ser por fora o que se é por dentro, que outras pessoas jamais poderão vivenciar, apenas reconhecer por meio das pessoas transgênero.

Irmãs e irmãos trans, retomem o seu orgulho, lutem pela sua dignidade, mesmo se for preciso desobedecer! E quando você for desprezada(o), rotulada(o), erga sua cabeça e pense: "Sou uma Deusa", "Sou um Deus", e diga a essa pessoa um pouco do que você, e do que ela jamais será.





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sábado, 23 de julho de 2011

Nossa Senhora do Crack

Nossa Senhora do Crack
Foto de Apu Gomes/Folhapress


Em meio à epidemia do crack e à falta de uma política pública que consiga enfrentar efetivamente esse problema social e suas tragédias, Zarella Neto, artista plástico paulistano, criou e instalou, na Cracolândia, uma estátua de Nossa Senhora do Crack.

A matéria a respeito saiu na Folha de São Paulo.

A obra retoma a idéia de Marx de que "a religião é o ópio do povo", e para além da óbvia relação entre religião e drogas, o que se fala, nesse ponto, é da falta de apoio institucional às pessoas mais necessitadas, aos proletários, aos cidadãos que não detém o capital. Para estes, a única fuga para o seu desespero parece ser a religião, ou tão-somente a crença em algo maior que os salvará, algum dia.

Alguns usuários se reuniram em frente a estátua para fumar seus cachimbos. Talvez para vislumbrar alguma luz. Lux in Tenebris. Pense nisso.

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P.S.: Lux in Tenebris se refere ao capítulo primeiro do Evangelho de João: "E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam", referindo-se à concepção de que Jesus (luz) veio aos homens (trevas), mas eles não o entenderam. Brecht faz referência a esse termo em uma de suas peças, sobre um homem buscando vender educação em uma zona de meretrício.

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sexta-feira, 22 de julho de 2011

IBGE: Cor Influencia no Trabalho

Charge de Maurício Pestana.


Há décadas muitos militantes, como o mestre Abdias do Nascimento, pensadores, como Sueli Carneiro e artistas como o cartunista Pestana têm denunciado o racismo dissimulado/sutil/moderno que vigora no Brasil. Esse assunto já foi citado outras vezes neste blog.

Agora, mais dados se complementam à análise desse problema que, como demonstra o professor Hélio Santos, é grande responsável pelos obstáculos ao pleno desenvolvimento de todo o país, porque envolve a exclusão de mais da metade de nossa população.

O IBGE realizou estudo em mais de 15.000 domicílios, no Amazonas, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal, sobre a influência da cor na vida dos cidadãos brasileiros.

A pesquisa pode ser lida minuciosamente aqui.

63,7% confirmaram a influência dessa variável na vida das pessoas, em especial no trabalho (71%), na relação com a Justiça e as forças policiais (68,3%), no convívio social (65%), na escola (59,3%) e nas repartições públicas (51,3%).

Sobre a questão da autoclassificação, 96% afirmaram que saberiam se classificar pela cor/racialmente, sendo que 65% classificaram sua cor de acordo com as categorias do IBGE (branca, preta, parda, amarela e indígena).

Vale ressaltar que a diferença entre a autoclassificação e heteroclassificação (feita pelo avaliador) foi mínima. A maior diferença ocorreu entre pessoas "morenas" (21,7% dos entrevistados se consideraram morenos, os entrevistadores consideraram que morenos eram 9,3%), classificação não utilizada pelo IBGE mas apontada por 21,7% dos entrevistados.

Esse ponto reforça a compreensão de que a percepção de cor/raça é construida socialmente, portanto é socialmente partilhada. Em um contexto de discriminação racial como o brasileiro, marcado pelo racismo de marca (pautado pela aparência e não pela origem da pessoa, como é o norte-americano), as pessoas discriminadas tendem a buscar se "embranquecer", ou seja, perceber-se e se fazer perceber como menos negras do que são.

Esse é um dos nefastos mecanismos de exclusão psicossocial do racismo institucional. O desafio da sociedade brasileira é o de criar condições para a inclusão efetiva da população negra, no acesso ao trabalho e emprego e à educação, como se tem tentado fazer por meio das ações afirmativas para inclusão no ensino superior. Um outro desafio da população negra, em particular, é o de fortalecer o reconhecimento sobre a sua História, além de valorizar os seus signos físicos e culturais.

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You Give me Something



You Give me Something, de James Morrison.


Bom final de semana! Aproveite, seja feliz.


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Semana de Gênero: Corpos e Identidade

Estátua do(a) Deus(a) Hermafrodito(a), no Museu do Louvre.



De 8 a 11 de agosto ocorrerá na Universidade Católica de Brasília - UCB, a I Semana de Gênero da UCB: Corpos e Identidade, realizada pelo Div'Gê - Núcleo Discente de Diálogo em Gênero e Diversidades.


Em breve, maiores informações e programação.


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Repúdio a um Veto

A Serbian Film - Um Filme Sérvio.


Leia nota de repúdio da Abraccine, publicada no site do Estadão, ao veto da diretoria da Caixa Econômica Federal à exibição do polêmico filme de terror A SERBIAN FILM (Um Filme Sérvio) no RioFan - Festival de Cinema Fantástico do Rio de Janeiro: NOTA DE REPÚDIO A UM VETO.

Saiba mais sobre o conteúdo desse filme clicando aqui.



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Informe Mundial sobre Incapacidade


A Organização Mundial da Saúde - OMS, em parceria com o Grupo do Banco Mundial, acaba de lançar o primeiro informe mundial sobre incapacidade (em inglês, aqui), em complemento à Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências.

O objetivo do documento é dispor dados para a formulação de políticas e programas inovadores, com vistas à melhoria das vidas das pessoas com deficiências.

Estima-se que 15% da população mundial (1 bilhão de pessoas) têm algum tipo de deficiência. Precisar usar óculos ou lentes de contato para enxergar direito, por exemplo, é considerado um tipo de defiência - leve, mas é. Desses, 2,2% apresentam deficiências graves (190 milhões).

O informe recomenda que as políticas públicas, entre outros pontos, que haja sensibilização pública para uma melhor compreensão da questão das incapacidades.


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quinta-feira, 21 de julho de 2011

LUTO na UnB


Imagem do Portal da Universidade de Brasília (www.unb.br).





Três operários morreram soterrados, hoje, em canteiro de obras no Hospital Universitário de Brasília:



Lourival Leite, pedreiro

Nelson Holanda da Silva, auxiliar de pedreiro

Raimundo José da Silva, carpinteiro



Pêsames às famílias desses trabalhadores.



Maiores informações aqui, aqui e aqui.


Infelizmente, eles foram as últimas 11 vítimas da falta de segurança na construção civil do DF, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília (leia aqui).


Isso não pode continuar acontecendo! Qual valor se está dando à vida dos trabalhadores aqui em Brasília?

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Edital Natura Musical



ATENÇÃO!

Estão abertas até o dia 19 de agosto as inscrições de projetos para o NATURA MUSICAL.

Categorias: Criação e produção; Circulação e formação de público; Pesquisa e documentação; Formação musical.


Leia o Edital.


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Estatuto da Diversidade Sexual e de Gênero


A Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (Conselho Federal) está elaborando um Estatuto da Diversidade Sexual, a fim de garantir direitos à população LGBT (leia aqui).

Sugiro, desde já, que ele se denomine Estatuto da Diversidade Sexual E DE GÊNERO, a fim de incluir as dimensões identitárias específicas das pessoas transgênero, que não necessariamente são sexuais, e reforçar o que não foi tratado no Estatuto da Mulher, cujo enfoque foi unicamente biologicista, desconsiderando a existência e necessidade de proteção para todas as mulheres.


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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Alternativas à Análise Textual

Fonte da foto aqui.


Tenho procurado softwares alternativos, porém de qualidade, para análise textual. Os grandes em voga ou têm acesso restrito, ou são extremamente caros. O grande exemplo é o excelente Alceste.

Encontrei dois que estou experimentando e gostaria de compartilhar: RQDA e CDC EZ-Text.

Indicados por um colega, eles são softwares livres, disponíveis para Windows e Linux. Quem utilizá-los, por favor comente aqui no blog o que achou.


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terça-feira, 19 de julho de 2011

Palestra: Estudos sobre Segmento LGBT



Dia 21 de julho, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, das 14h30 às 16h30, será realizada palestra do presidente da Community Marketing Incorporation, Thomas Roth, sobre estudos e pesquisas realizados para o público LGBT, com enfoque no mercado, objeto de trabalhos da empresa há 18 anos (saiba mais).

As inscrições são gratuitas, por meio de envio de dados para o e-mail thusfrick@gmail.com (solicite a ficha de inscrição).

O evento é realizado pela Abrat-GLS e conta com o apoio da Secretaria de Turismo do Governo do Distrito Federal e do Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília.


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A Lenda da Água Grande


O Balé Nacional de Cuba, em turnê no Brasil, com espetáculo sobre o surgimento das Cataratas do Iguaçu, estará em Brasília, apresentando-se no Teatro Nacional, nos dias 19 e 20 de julho.


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A Felicidade




"A felicidade é como a gota / de orvalho numa pétala de flor / brilha tranquila / depois de leve oscila / E cai como uma lágrima de amor"...


A Felicidade, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Ouça.



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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Não Tenho TV a Cabo...


Roque Santeiro, clássico da telenovela brasileira, de Dias Gomes e Aguinaldo Silva, será re-exibida no Canal fechado Viva.


Saiba mais aqui.


Já que falamos de telenovelas, e aproveitando o ritmo de remake de O Astro, teste aqui seus conhecimentos sobre Janete Clair, a usineira de sonhos!


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Nada Por Mim



NADA POR MIM, Letra de Herbert Vianna e Paula Toller.


"Você me tem fácil demais, mas não parece capaz de cuidar do que possui..."



Clique aqui para ouvir e ler.


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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Rock Brasília Premiado em Paulínia!

Divulgação do Correio Braziliense.


ÚLTIMAS NOTÍCIAS: Rock Brasília, filme sobre a época de ouro do rock na Capital Federal, já comentado neste blog (reveja a postagem aqui), ganhou ontem o prêmio de Melhor Documentário do Festival de Cinema de Paulínia.

Parabéns a todos os seus realizadores! Ganhar essa premiação poucos dias após o Dia do Rock me parece representativo da importância do seu trabalho! Leia mais detalhes aqui.

Um dos comentaristas deste blog indicou um link para entrevista exclusiva de Vladimir Carvalho, diretor de Rock Brasília, com Carminha Manfredini, mãe de Renato Russo, clique aqui e a encontre na listagem para assistir!

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Brasília terá a Abertura da Copa?

Foto de Herivelto Batista.


Após a Fifa ter aceito o futuro Estádio do Corinthians, em Itaquera, como sede de jogos da Copa 2014, Brasília ainda tem chances de receber a abertura?

O Governador Agnelo Queiroz afirma que sim, se forem considerados os aspectos técnicos, não apenas os políticos. Enquanto em São Paulo as obras ainda estão na terraplanagem, na Capital Federal o Estádio Nacional está 33% construído e receberá a certificação Leed Platinum, única no mundo para sustentabilidade.

Leia mais sobre essa discussão aqui e aqui.

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quinta-feira, 14 de julho de 2011

A Morte de Billy Blanco

Billy Blanco


Faleceu no Rio de Janeiro, sexta-feira passada, o compositor Billy Blanco, um dos maiores da MPB.

Nascido em Belém do Pará, Billy Blanco mudou para o Rio, onde fez parcerias com gênios da música brasileira como Baden Powell, e teve composições interpretadas por Dick Farney, Elis Regina, João Gilberto, Dolores Duran (de quem foi namorado), entre outros.

Entre seus inúmeros clássicos estão Pano Legal e Mocinho Bonito.
Saiba mais sobre a vida de Billy Blanco clicando aqui.

Aproveite para ouvir aqui no Blog, dele e de Tom Jobim, a inspirada Sinfonia do Rio de Janeiro.

Capa de álbum da parceria Tom Jobim & Billy Blanco.

E pra quem é daqui de Brasília, um bônus, a divertida Não Vou Pra Brasília, um sucesso que fala bem do espírito na época da fundação da Capital.

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Lanzmann Chama Curador da Flip de "Estúpido"

Claude Lanzmann, foto de Márcia Foletto.


Repercussões da polêmica mesa "A Ética da Representação" realizada na FLIP 2011 (clique aqui para saber o que aconteceu).

Segundo o Jornal O Globo, o cineasta Claude Lanzmann respondeu às críticas do curador Manuel da Costa Pinto a sua participação, considerada "nazista", afirmação do curador, com relação à qual ele depois pediu desculpas por usar.

Lanzmann retrucou afirmando que Costa Pinto é "estúpido", ainda mais porque o cineasta dedicou sua vida a revelar os abusos do holocausto. Criticou também o mediador de sua mesa: "queria mostrar erudição às minhas custas".

Leia a matéria completa aqui.

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terça-feira, 12 de julho de 2011

Direito à Identidade de Gênero

Cartaz do Programa Rio Sem Homofobia.


Tem havido progressos na luta pelo reconhecimento do direito de mulheres e homens transexuais a sua identidade de gênero, a adoção do nome social por algumas instituições é um deles.

Recentemente o Conselho Federal de Psicologia acatou, com algumas limitações, o uso do nome social por psicólogos(as). O ideal seria que o nome social fosse integralmente assumido nos documentos, e não apenas inserido no campo "observações" da carteira profissional. Clique aqui para saber mais.

Uma excelente iniciativa para a promoção dos direitos das pessoas trans tem sido realizada por meio dos materiais do Programa Rio Sem Homofobia, do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Veja alguns abaixo:


Parabéns aos realizadores! Aguardemos novos materiais, quem sabe audiovisuais também. É um serviço à cidadania.

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segunda-feira, 11 de julho de 2011

O Rock de Brasília no Cinema

Depoimento de Caetano Veloso a Vladimir Carvalho (cena de Rock Brasília - Era de Ouro, divulgada no Correio Braziliense).


Essa notícia vale uma postagem, e muito mais.

Após décadas de silêncio sobre o tesouro cultural produzido aqui em Brasília, com o que a cidade chegou a ser chamada de "Capital do Rock" (pena que não foi valorizado, perdemos esse título. Espero que haja estratégias para recuperá-lo, e valorizar nossa nova faceta, de Capital do Choro), foi lançado no Festival de Cinema de Paulínia o filme Rock Brasília - Era de Ouro, do nosso adorado Vladimir Carvalho. Clique aqui para saber mais.

Além dele, sairão Somos Tão Jovens, sobre o Renato Russo (vi algumas cenas serem gravadas embaixo da janela do meu apartamento, aqui na Colina da UnB), e Faroeste Caboclo, baseado na música homônima.

Brasília precisa de arte, cultura e entretenimento para formar cidadãos que a amem.

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domingo, 10 de julho de 2011

Polêmica no Encerramento da FLIP 2011

Coletiva de imprensa de balanço da Flip 2011 (enviada por André Miranda, de Paraty).


A Feira Literária Internacional de Paraty encerra sua bem sucedida edição com uma polêmica na mediação de uma das mesas, segundo o blog Prosa Online, do Jornal O Globo. Leia abaixo:


No finzinho da coletiva de imprensa de balanço da Flip 2011, realizado na tarde deste domingo, o curador desta edição, Manuel da Costa Pinto, defendeu a mediação do professor Márcio Seligmann-Silva na mesa 'A ética da representação', a última de sexta-feira à noite, e atacou um dos principais convidados do evento, o cineasta francês Claude Lanzmann, afirmando que ele fez "uma coisa nazista". Lanzmann é judeu e foi o diretor de "Shoah", um documentário de nove horas e meia com depoimentos de sobreviventes do Holocausto, considerado um clássico do cinema. Ele também lutou contra os alemães na Segunda Guerra Mundial, como relata em seu livro de memórias "A lebre da Patagônia", lançado durante a Flip pela Companhia das Letras.


Depois da mesa, Seligmann-Silva foi criticado por se alongar demais em suas intervenções e não ser objetivo nas perguntas para Lanzmann, de 85 anos. O autor, que já vinha demonstrando na Flip ser uma pessoa temperamental, passou, então, a agir com deselegância contra o mediador, inclusive falando que iria deixar o debate caso continuasse sendo tratado como "débil mental".


Na coletiva de imprensa, Costa Pinto afirmou que não entendia as críticas a Seligmann-Silva, ressaltando que o mediador não teria como entrar num debate complexo sobre as representações do Holocausto de forma rasa. E então atacou duramente Lanzmann:


- É decepcionante que um autor do porte dele, que foi um dos grandes intelectuais do século XX e conviveu como figuras como Sartre, rejeite perguntas de natureza intelectual. Essa postura que ele teve contra um debate intelectual foi uma coisa nazista. É grave isso. Ele rejeitou o debate em nome da espetacularização.


Saiba mais sobre o que aconteceu na mesa que provocou essa afirmação do curador da FLIP 2011 clicando aqui.

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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Encontro Nacional da ABRAPSO


No Recife, de 12 a 15 de novembro, ocorrerá a próxima edição do grande e tradicional encontro da Associação Brasileira de Psicologia Social - ABRAPSO.

As inscrições de trabalhos estão abertas até o dia 15 de agosto, nas modalidades de Grupos de Trabalho, Mesas Redondas, Pôsteres e Manifestações Culturais. Haverá fóruns de diálogo e lançamento de livros.

Maiores informações podem ser acessadas no site do evento, clicando aqui.
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Rumos Educação, Cultura e Arte em Brasília, com Antônio Nóbrega

Teatro Nacional Cláudio Santoro, dia 20 de julho, às 20 horas. Entrada Franca.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Prazer no II CBPCT

Estou participando do II Congresso Brasileiro de Psicodinâmica e Clínica do Trabalho - CBPCT, uma experiência intelectual prazerossíma, que tem mostrado alternativas para os modelos tecnicistas e elitistas que vêm ganhando destaque na Psicologia.

Assisti excelentes palestras acerca do conceito de trabalho vivo, sobre subjetivação, cooperação e os destinos políticos do sofrimento, além de outros temas instigantes.

Hoje coordenei uma mesa de comunicações orais e fiz duas apresentações, uma sobre análise das condições psicossociais de trabalho em uma instituição pública e outra sobre prazer e sofrimento na percepção do trabalho escravo contemporâneo. Se tiver interesse de ler os resumos delas, clique aqui, estão nas páginas 217 a 218.

Amanhã teremos palestras sobre transgressão e resistência como caminhos para o prazer, entre outras discussões altamente qualificadas. Parabéns aos organizadores desse evento científico exemplar, em especial à sua coordenadora, a Profa. Ana Magnólia Mendes!

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